As obras iniciarão no segundo semestre desse ano, sendo que o maior pavilhão será entregue em março de 2023 e o projeto deve estar totalmente concluído até janeiro de 2024. Além da unidade de Igrejinha, deverão ser aprimoradas as plantas de Campo Bom, Dois Irmãos e Parobé. Com a ampliação, a previsão da Usaflex é que a produção passe dos atuais 25 mil pares de calçados ao dia para 33 mil pares diários. A nova capacidade aumentará a necessidade de mão de obra e deverão ser criados entre 400 a 600 postos de trabalho, dos quais aproximadamente 60% serão demandados pela unidade de Igrejinha.
O CEO e sócio da Usaflex, Sergio Bocayuva, ressalta que os investimentos têm como foco o incremento da capacidade fabril, automação do parque industrial e otimização logística. A iniciativa deverá contar com incentivo fiscal por parte do governo do Estado, através do Fundopem. Sobre as expectativas para o mercado calçadista, o executivo comenta que, em um primeiro momento, as perspectivas são positivas. “Mas, elas (perspectivas) têm que ser muito bem avaliadas, indústria por indústria”, diz Bocayuva.
Ele argumenta que vai levar algum tempo ainda para ser alcançado um reequilíbrio na cadeia mundial de abastecimento do setor, após os impactos da pandemia de coronavírus. Para o futuro, a companhia gaúcha também tem planos de abrir seu capital. “Eu entendo que a empresa estaria preparada para um movimento dessa natureza já a partir do final de 2023, porém depende muito da evolução do resultado deste ano, de como o mercado vai estar. A gente não tem pressa”, afirma o CEO e sócio da Usaflex.
Fundado em 1998, em Igrejinha, o grupo possui hoje, além das suas fábricas produtivas, em torno de 270 lojas licenciadas nos mercados nacional e internacional (em países como Equador, Bolívia, El Salvador, Israel, Kuwait, Arábia Saudita, Costa Rica e Honduras). A intenção da companhia é chegar a 415 estabelecimentos até 2025 no Brasil e a mais de 100 no exterior.