As taxas dos CDBS (Certificados de Depósito Bancário) prefixados subiram nas últimas duas semanas. Os ativos pagaram até 13,15% ao ano, bem acima dos 10,88% oferecidos atualmente no Tesouro Direto.
Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que a taxa média de um CDB prefixado entre 22 de novembro e 5 de dezembro foi de 12,18% ao ano. No levantamento anterior, que mediu as taxas entre 8 e 21 de novembro, a taxa média para o período era de 11,21%. Ou seja, em duas semanas, os juros CDBs prefixados subiram quase 1 ponto percentual.
Porém, Marina Renosto, chefe de alocação da Blackbird Investimentos, diz que o movimento deve ser “bastante pontual”. Para ela, a expectativa pela divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos pode ter gerado o aumento nas taxas. “No geral, quando olhamos os vértices médios e longos dos juros futuros, tivemos queda das taxas”, completa a especialista.
Nos prefixados de 24 meses, a remuneração média saiu de 10,75% ao ano para 11,74%. A maior taxa para esse vencimento foi de 12,64% ao ano. Nos papéis de 12 meses, o avanço do juro médio foi de 0,48 ponto percentual, para 11,15%.
Já os prefixados de curto prazo, com vencimento em seis e três meses, tiveram quedas nas taxas, mantendo a tendência das últimas semanas. Os prefixados de três meses pagaram, em média, 11,51% no último levantamento, contra 11,53% na leitura anterior. Nos cinco vencimentos levantados, todas as maiores taxas foram oferecidas pelo Banco Daycoval.
Taxas CDBs pós-fixados
Nos CDBs com taxas pós-fixadas, a tendência de queda de juros teve sequência, com recuo na média de todos os vencimentos. Mesmo assim, para Renosto, “ainda faz sentido investir em pós-fixados, principalmente em papéis que oferecem retorno acima do CDI”. Para ela, é importante buscar outros indexadores, mas “não é o momento de deixar totalmente de lado os pós-fixados”.
O maior retorno médio dos CDBs atrelados ao CDI foi oferecido pelos papéis com vencimento em pelo menos 36 meses, que pagaram 101,78% do CDI nas últimas duas semanas, ante 102,05% no levantamento anterior.
A rentabilidade média dos pós-fixados de 24 meses caiu de 100,65% do CDI para 99,95%, enquanto a dos papéis de seis meses recuou de 100,89% para 100,26%. O número de emissões de pós-fixados subiu de 188 para 211 nas últimas duas semanas.
Taxas CDBs prefixados
Fonte: Infomoney