Taxas de CDBs prefixados têm forte alta e média passa de 12%

A rentabilidade dos pós-fixados, por outro lado, segue caindo e alcançou média menor que a variação do CDI.
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp

As taxas dos CDBS (Certificados de Depósito Bancário) prefixados subiram nas últimas duas semanas. Os ativos pagaram até 13,15% ao ano, bem acima dos 10,88% oferecidos atualmente no Tesouro Direto.

Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que a taxa média de um CDB prefixado entre 22 de novembro e 5 de dezembro foi de 12,18% ao ano. No levantamento anterior, que mediu as taxas entre 8 e 21 de novembro, a taxa média para o período era de 11,21%. Ou seja, em duas semanas, os juros CDBs prefixados subiram quase 1 ponto percentual.

Porém, Marina Renosto, chefe de alocação da Blackbird Investimentos, diz que o movimento deve ser “bastante pontual”. Para ela, a expectativa pela divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos pode ter gerado o aumento nas taxas. “No geral, quando olhamos os vértices médios e longos dos juros futuros, tivemos queda das taxas”, completa a especialista.

Nos prefixados de 24 meses, a remuneração média saiu de 10,75% ao ano para 11,74%. A maior taxa para esse vencimento foi de 12,64% ao ano. Nos papéis de 12 meses, o avanço do juro médio foi de 0,48 ponto percentual, para 11,15%.

Já os prefixados de curto prazo, com vencimento em seis e três meses, tiveram quedas nas taxas, mantendo a tendência das últimas semanas. Os prefixados de três meses pagaram, em média, 11,51% no último levantamento, contra 11,53% na leitura anterior. Nos cinco vencimentos levantados, todas as maiores taxas foram oferecidas pelo Banco Daycoval.

 

Taxas CDBs pós-fixados

Nos CDBs com taxas pós-fixadas, a tendência de queda de juros teve sequência, com recuo na média de todos os vencimentos. Mesmo assim, para Renosto, “ainda faz sentido investir em pós-fixados, principalmente em papéis que oferecem retorno acima do CDI”. Para ela, é importante buscar outros indexadores, mas “não é o momento de deixar totalmente de lado os pós-fixados”.

O maior retorno médio dos CDBs atrelados ao CDI foi oferecido pelos papéis com vencimento em pelo menos 36 meses, que pagaram 101,78% do CDI nas últimas duas semanas, ante 102,05% no levantamento anterior.

A rentabilidade média dos pós-fixados de 24 meses caiu de 100,65% do CDI para 99,95%, enquanto a dos papéis de seis meses recuou de 100,89% para 100,26%. O número de emissões de pós-fixados subiu de 188 para 211 nas últimas duas semanas.

Taxas CDBs prefixados

 

Fonte: Infomoney