RS abre 56,3 mil vagas com carteira assinada no primeiro trimestre

Mesmo após três meses consecutivos com resultado positivo, acumulado do ano mostra desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado
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Mesmo após três meses consecutivos com resultado positivo, acumulado do ano mostra desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado

O Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre deste ano com saldo positivo na geração de emprego formal. O Estado abriu 56,3 mil vagas com carteira assinada de janeiro a março. O montante é resultado de uma sequência de três meses consecutivos com mais contratações do que demissões no RS.

Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta quinta-feira (28).O saldo é resultado entre 396,1 mil admissões e 339,8 mil desligamentos nos três primeiros meses do ano.

Mesmo no azul, o volume do primeiro trimestre é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o Estado abriu 67,3 mil postos com carteira, conforme dados atualizados pelo governo nesta semana. Em março, foram criadas 13,7 mil vagas, saldo que mostra desaceleração em relação a fevereiro deste ano e a março do ano passado.

 

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O economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Oscar Frank, afirma que a perda de ritmo na abertura de postos observada no primeiro trimestre, ante o mesmo recorte de tempo do ano passado, ocorre em razão da base de comparação.

— Nós estamos tratando de uma retomada que se deu em cima de uma base maior. Se a gente fosse comparar 2021 com 2020, existia mais espaço para que números maiores fossem gerados. A gente vinha se recuperando do momento mais crítico da pandemia — observa Frank.

A coordenadora do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Lodonha Maria Portela Coimbra Soares, afirma que o saldo do Estado na geração de emprego é um bom resultado. No entanto, a especialista destaca que esse avanço não é acompanhando de melhoria na renda:

— Está havendo uma introdução no mercado formal de trabalho com uma renda relativamente menor e em um cenário de inflação elevada. A gente vem percebendo um achatamento da renda da população do emprego formal e um aumento da informalidade num cenário de decrescimento econômico — pontua Lodonha.

Entre os setores, o desempenho repete o que foi observado nos últimos meses. A indústria registrou o melhor desempenho no primeiro trimestre no Estado, com abertura de 29,6 mil vagas. Na sequência, aparecem serviços e agropecuária. Com mais um mês no vermelho, o comércio é o único setor com resultado negativo no acumulado do ano, fechando 3,2 mil postos.

A coordenadora do Observatório do Trabalho da UCS afirma que, além de aspectos sazonais, como os relacionados à produção do fumo, a indústria tem polos importantes no Estado, o que ajuda a explicar o crescimento maior no setor.

Em relação ao desempenho do comércio, o economista-chefe da CDL de Porto Alegre afirma que o setor ainda sofre com inflação persistente, queda da renda, encarecimento do crédito e perda de confiança das famílias, fatores que freiam o consumo:

— Existem dificuldades em relação ao mercado de trabalho e também na geração de renda real. Então, as famílias se sentem menos confiantes para gastar com bens e serviços.

 

Fonte: GaúchaZH

A produção reúne depoimentos dos ex-líderes Carlos Calcagnotto, Idalice Manchini e Neure Fedrizzi, como também do atual presidente, Rossano Boff, destacando momentos marcantes e projetos que refletem a força e a relevância da entidade por sete décadas.