A Quiero Café, empresa de franquias que começou em Teutônia, abre mais duas unidades em Porto Alegre. O Aeroporto Salgado Filho e o DC Shopping vão abrigar as duas novas operações da rede, que na capital já possui lojas nos bairros Moinhos de Vento, Santana, Centro Histórico e no Refúgio do Lago.
Assim, das atuais 51 unidades, 47 operam no modelo de loja de rua, com espaços amplos, cardápio completo e atendimento em mesa. No DC Shopping, o Quiero Café chega para compor as opções do Mercado Paralelo, o badalado complexo de gastronomia e entretenimento do local.
Para o sócio-fundador do Quiero Café, Felipe Ferreira, é um espaço que reúne diversas operações gastronômicas e marcas admiradas. “Nossa operação no DC será em um sistema mais ‘soft’ se comparada com nossas operações tradicionais de rua, mas ainda assim vamos operar com a nossa gama de café, restaurante e bar”, afirma.
Contudo, a Salgado Filho também segue o modelo soft, com uma estrutura mais voltada para o atendimento de balcão, mas ressalta a importância dessa operação para a marca. “É uma loja super estratégica, de uma importância muito grande para nós em termos de visibilidade. Essa oportunidade chegou em um momento que o Quiero se encontra com uma estrutura mais amadurecida e capaz de se adequar às normas e processos operacionais que um aeroporto exige”, afirma.
Em maio, o Quiero Café inaugurou em São Paulo, no bairro Tatuapé. A ideia é encerrar 2023 com mais de 60 unidades e faturamento próximo a R$ 145 milhões. “Estamos focados também na nossa expansão para o sudeste em 2024”, conclui.
Quiero Café em Porto Alegre: vem franquia internacional?
Valores do RS – Qual a diferença na dinâmica implementada no Salgado Filho?
Matheus Fell – A operação do Aeroporto segue um modelo um pouco distinto das unidades do Quiero Café. Enquanto nossas lojas são amplas e com atendimento em mesa, a operação do Aeroporto é com atendimento no balcão. O cliente se dirige até o caixa, faz o pedido, realiza o pagamento e recebe um pager que sinaliza quando o pedido está pronto para retirada.
É uma operação com estrutura física reduzida que passou por ajustes em processos e opções de cardápio, tanto em função do espaço, quanto em função de padrões e regras exigidas pela Fraport e Anvisa. Tivemos também que adaptar os preços de venda para uma realidade bem diferente do padrão de nossas lojas.
Valores do RS – Cada filial segue o ritmo local, como manter um padrão?
Matheus Fell – O modelo do Quiero que roda na grande maioria das unidades é o mesmo. No entanto, cada loja tem a particularidade do imóvel em que está instalada, mas segue um padrão arquitetônico e de experiência do cliente. A loja do Aeroporto e outras três operações seguem sistemas um pouco distintos.
Ainda assim, tudo é Quiero Café e manter o padrão não é tarefa fácil, depende de processos e pessoas. Nos esforçamos muito para treinar e entregar o melhor, nem sempre acertamos e nem sempre sai tudo como gostaríamos. Somos humanos e entendemos que falhas vão acontecer, mas queremos sempre acertar muito mais do que errar e seguir oferecendo boas experiências para os clientes.
“Sonhar grande ou pequeno, dá o mesmo trabalho”
Valores do RS – Como você avalia o empreendimento que começou pequeno e hoje é nacional?
Matheus Fell – Começamos pequenos objetivando montar um local que a gente gostasse de frequentar. Esse negócio se tornou a nossa vida, vivemos ele com intensidade e nos doamos por ele. Muitas pessoas boas foram surgindo e se conectando com a gente e estas pessoas ajudam a levar o Quiero para outros lugares, para outras cidades e estados.
Valores do RS – É possível vislumbrar negócios internacionais?
Matheus Fell – Falar sobre uma expansão internacional ainda é cedo. Temos muito a melhorar e muitas cidades à explorar no Brasil. Mas como dizem, sonhar grande ou pequeno, dá o mesmo trabalho, o que não podemos é perder os pés do chão e seguir trabalhando duro para evoluir.