PIB do 2º trimestre veio acima das expectativas com destaque para indústria

. De acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria foi o setor econômico com o melhor desempenho entre abril e junho. A alta no PIB industrial foi de 1,8%.
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Pesquisa da FIERGS revela aumento na produção e no emprego

PIB do 2º trimestre veio acima das expectativas com destaque para indústria – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no 2º trimestre de 2024 veio acima das expectativas. De acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria foi o setor econômico com o melhor desempenho entre abril e junho. A CNI considera que a alta de 1,8% do PIB industrial reflete um desempenho muito positivo da atividade industrial.

Para a CNI, o forte crescimento do 2º trimestre fortalece o protagonismo da indústria, que registrou os maiores crescimentos percentuais entre os segmentos produtivos, tanto na comparação com o 1º trimestre de 2024 (alta de 1,8%), quanto na comparação com o 2º trimestre de 2023 (alta de 3,9%).

O crescimento da indústria passa, primeiramente, pelo aumento do consumo, que subiu 1,3%, na comparação com o 1º trimestre do ano; e 4,9%, em relação ao mesmo trimestre de 2023. Na avaliação da CNI, isso se deve ao mercado de trabalho aquecido, em que o número de pessoas ocupadas mantém tendência de alta, bem como ao aumento dos salários. Também contribuíram para o aumento do consumo a maior oferta de crédito e a expansão fiscal, com alta do salário-mínimo e ampliação das transferências de renda por parte do governo.

A alta de 2,1% do investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) frente aos três primeiros meses do ano, e de 5,7%, na comparação com o mesmo trimestre de 2023, também impulsionou o resultado positivo da indústria. Os cortes na taxa Selic iniciados no ano passado, assim como o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano mais Produção se traduziram no aumento da produção nacional e das importações de bens de capital, como máquinas, equipamentos e materiais de construção. Os aprimoramentos no programa Minha Casa, Minha Vida, por sua vez, ajudaram a puxar o setor de habitação.

Mais consumo e mais investimento se refletiram em um aumento da demanda por produtos industrializados. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, a demanda por esses itens subiu 5,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023.

 

Alta generalizada e projeção otimista

O PIB do 2º trimestre veio com resultados positivos na maioria dos segmentos industriais. A Indústria de Transformação avançou 1,8%, em seu quarto trimestre consecutivo de crescimento. Já a Indústria da Construção subiu 3,5%, enquanto o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto, e atividades de gestão de resíduos aumentou 4,2%, recuperando o recuo observado no primeiro trimestre do ano.

A Indústria Extrativa foi o único segmento industrial que registrou queda no 2º trimestre frente o trimestre anterior, com recuo de 4,4%. Ainda assim, essa queda ocorre após o segmento ter um desempenho de destaque em 2023, quando cresceu 8,7% frente a 2022.

A CNI aponta que o resultado do PIB do 2º trimestre indica um viés de alta quanto à expectativa de crescimento da economia brasileira para 2024, que a entidade estima em 2,4%. Além disso, a CNI considera que a composição do crescimento do PIB no período tem características mais saudáveis em relação ao que foi visto no ano passado, pois o resultado é menos baseado na demanda externa e mais no avanço dos investimentos.

De acordo com a CNI, esses são aspectos com potencial de ampliar a capacidade produtiva, assegurando que o aumento da demanda interna se traduza principalmente em alta da produção nacional, além de garantir aumento de produtividade. Dessa forma, essa composição do crescimento do PIB confere ao país uma possibilidade de expansão mais sólida no longo prazo.

PIB do 2º trimestre veio acima das expectativas