Pesquisa da FIERGS revela crescimento na atividade industrial – O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), cresceu 1,7% em outubro, na comparação com setembro. Foi a quarta alta nos últimos cinco meses, o que levou o índice ao maior nível da série desde dezembro de 2022, recuperando as perdas de maio provocadas pela enchente. “Os resultados mostram que a recuperação da indústria gaúcha prossegue. O surpreendente crescimento econômico, o desemprego em queda, a renda em elevação e os baixos níveis de estoques continuam dando suporte para a expansão da atividade, juntamente com os esforços de reconstrução do estado”, afirma o presidente da FIERGS, Claudio Bier.
Apesar dos bons números, o presidente da FIERGS faz um alerta. “O cenário também é composto de incerteza relacionada à questão fiscal do país, assim como a inflação e os juros em ascensão, o que explica, mesmo diante do aquecimento em curso, o pessimismo dos empresários gaúchos com o futuro da economia brasileira. Assim, a perspectiva para a atividade industrial nos próximos meses é de continuidade do processo de recuperação cíclica, mas em um ritmo bastante moderado e sujeito a oscilações”, explica Bier.
A maior influência positiva para o aumento do IDI-RS em outubro, segundo a FIERGS, ocorre pela elevação de 5% no faturamento real das empresas. Também avançaram as horas trabalhadas na produção (0,5%), a massa salarial real (0,3%) e o emprego (0,3%), que cresceu pelo terceiro mês consecutivo. Por outro lado, a indústria gaúcha reduziu em 0,5 ponto percentual a utilização da capacidade instalada (UCI), que atingiu 80,2% em outubro. As compras industriais (insumos e matérias-primas) também caíram, 3,7%, mostrando uma acomodação depois duas fortes altas consecutivas.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o IDI-RS subiu 4,9% em outubro, a quarta alta consecutiva interanual e a quinta do ano, influenciado, em parte, por dois dias úteis a mais do que outubro de 2023. Com isso, manteve o movimento de desaceleração da taxa negativa no acumulado do ano, que passou de -0,9%, em setembro, para -0,3%, em outubro.
No 10º mês do ano, ainda predominaram quedas na comparação com os dez primeiros meses de 2023 entre os componentes do índice, mas uma tendência de melhora em 2024 começa a aparecer: compras industriais (-1,9%), horas trabalhadas na produção (-1,2%), emprego (-1%) e faturamento real (-0,9%). Já a massa salarial real e a UCI cresceram, 3,4%, e 1,6 ponto percentual, respectivamente.
Seis dos 16 segmentos pesquisados reduziram o nível de atividade no acumulado de janeiro a outubro de 2024 relativamente ao mesmo período de 2023. O segmento de Máquinas e equipamentos liderou as perdas (-12,5%), impactado pelo recuo de 18,3% de máquinas e implementos agrícolas. Couros e calçados também registrou queda, de 2,4%. Os destaques positivos foram os segmentos de Veículos automotores (13,3%) e Móveis (9,7%).
Pesquisa da FIERGS revela crescimento na atividade industrial