Participação feminina em serviços por aplicativo cresce – O IBGE divulgou uma pesquisa que detalha o perfil das pessoas que trabalham por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços no Brasil. Só em 2022, esse número era de 1,5 milhão de pessoas ou 1,7% da população ocupada no setor privado.
No recorte por tipo de aplicativo, mais da metade – 52,2% ou 778 mil pessoas – exerciam o trabalho principal por meio de aplicativos de transportes de passageiros, sendo que a maioria dos trabalhadores eram homens (81,3%), o que significa uma proporção muito maior que a média geral dos trabalhadores ocupados no setor privado (59,1%). Para Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa, isso acontece porque a maior parte dos trabalhadores por aplicativo são condutores de automóveis e motocicletas, ocupações majoritariamente masculinas.
Mas este cenário está mudando e em ritmo acelerado. É o que garante Gabryella Corrêa, desenvolvedora do app Lady Driver, que só trabalha com mulheres, motoristas e passageiras. Ela explica os principais motivos que estão fazendo as mulheres buscarem por esse tipo de atividade remunerada: “A participação feminina cresce a cada ano no setor seja empreendendo, seja pela falta de oportunidades de trabalho CLT – principalmente com agenda e horários flexíveis, já que elas precisam conciliar o trabalho com a casa e os filhos muito mais do que os homens – seja para complementar a renda e também pelo crescimento da demanda motivada, infelizmente, pela violência no país. Muitas famílias só utilizam esse tipo de serviço com motoristas mulheres”, conta.
Outros 2 pontos que chamam a atenção na pesquisa são a média de idade dos trabalhadores e o nível de escolaridade. Enquanto no grupo dos homens, quase a metade apontada tem entre 25 e 39 anos, na Lady Driver, a média de idade é de 41 anos. “As mulheres que trabalham com a gente são mais maduras, a grande maioria já é mãe, as ‘mãetoristas’, por isso, nosso foco total na segurança do passageiro é tão respeitado, as motoristas entendem a confiança que é depositada na gente seja para transportar as passageiras, seus filhos ou parentes idosos”, explica Corrêa.
Quanto à escolaridade, os homens plataformizados concentram-se nos níveis médio completo ou superior incompleto (61,3%), enquanto as mulheres da Lady Driver têm nível superior em sua maioria.
“De fato, esta é uma área com muitos desafios para nós mulheres, mas que já podemos apontar diversas conquistas também, principalmente quando olhamos para os números. Só na cidade de São Paulo, hoje nós temos 60 mil motoristas cadastradas e isso vem crescendo rapidamente. A questão da segurança conta muito nesse sentido, aqui na Lady Driver nunca tivemos uma ocorrência grave envolvendo motoristas e passageiras, nem de assédio, negligência ou mesmo problemas no trânsito, então, sim, esta é uma área vista como bastante masculina, mas nós estamos chegando lá e conquistando o nosso espaço dia após dia”, revela a CEO.
Lady Driver – App de mobilidade urbana que conecta mulheres, motoristas e passageiras
A Lady Driver está no mercado desde 2017 e surgiu pela necessidade de aumentar a segurança nesse tipo de transporte após um caso real de assédio. Hoje, a empresa está em mais de 300 cidades brasileiras, tem mais de 100 mil motoristas mulheres cadastradas.
A Lady Driver baseia-se em dois pilares: a segurança de motoristas e passageiras e a independência financeira feminina. Para isso, investe constantemente em melhorias e monitoramento da plataforma, além de treinamentos contínuos para as motoristas cadastradas.
No Rio Grande do Sul está presente em Porto Alegre e Caxias do Sul. Prepara sua entrada em Gravataí, Novo Hamburgo, Uruguaiana e Canoas. Avalia ainda a expansão em Ivoti, Campo Bom e Estância velha. Conta com o cadastro de 5 mil motoristas, tendo disponíveis os serviços Lady Driver, Lady Kiddos (transporte de crianças acima de 8 anos com chamadas originadas por uma mulher) e Lady Care (idosos 65+).
Participação feminina aplicativo