Cenário mundial da economia visto com graça e arte no Reload Sindilojas

A Pandemia e a guerra fizeram o mundo repensar a globalização, porque comprar de um outro país passou a ser risco: o produto podia não chegar.
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Do macro ao micro: economista mostra de forma didática efeitos da economia mundial nos negócios

Mais de 400 lojistas e interessados em negócios e economia compareceram no Reload Sindilojas, realizado no anfiteatro do Ceat, em noite de ’empreender para vender.’

A palavra “reload”, vem do inglês “recarregar”. De acordo com o presidente do Sindilojas, Giraldo Sandri, foi uma forma de os lojistas e empreendedores ganharem fôlego nos negócios, principalmente nas vendas e na estratégia. “A diversão com artistas recepcionando o público aqueceu o público. O bom humor faz a metade da venda.”

No entanto, a coordenadora do Reload, Débora Scheibel, que esteve a frente da organização do evento, evidenciou a arte, aproveitando a vinda do artista Robson Rosa, com a palestra ‘A arte da venda’. “Porque se faz malabarismo e se equilibra muito quando trabalhamos com vendas.”

Economista mostrou do macro ao micro 

Contudo, a economista Patrícia Palermo mostrou os reflexos da Pandemia e da Guerra na Ucrânia nos pequenos negócios. Como isso mudou os fluxos de compra e venda de commodities e exportação no mundo. Agora, a alta taxa de juros impacta sobremaneira no comércio.

Patrícia firma que o comportamento do consumidor mudou com o lockdown e que o consumo de produtos aumentou, em detrimento ao de serviços. Afirma que se pode constatar que a movimentação de pessoas gera mais economia. “A Pandemia e a guerra fizeram o mundo repensar a globalização, porque comprar de um outro país passou a ser risco: o produto podia não chegar.” 

A análise da economista apontou que a recuperação pós-pandemia perdeu força com a guerra. No entanto, o conflito no leste europeu deu impulso positivo para o Brasil. O valor das commodities do petróleo, alumínio, trigo e milho brasileiros subiu. Os países começam a comprar onde não tem guerra. “É um momento de crise, mas podemos conquistar o espaço para produzir.”

 

Economista-chefe Patrícia Palermo

 É preciso ser desapaixonado

 

Por outro lado, segundo a economista-chefe, o mais importante é entender de forma desapaixonado. “Estamos em um momento em que as pessoas colocam filtros não enxergam a realidade. Mas esse filtros atrapalham.” Em síntese, a guerra redireciona o dinheiro, que investido em segurança e armamento, faz crescer menos a economia. Mas é preciso criar novos mercados em pequenas quantidades.

Entretanto,  momento atual é de incertezas com a inflação, e vai piorar no segundo semestre com as eleições. A massa real de salario não se recuperou após a crise sanitária. E a inflação vai ficar alta, acima dos 10%, até 2024. Isso quer dizer que não vai dar para esperar o cliente na porta.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que as vendas em canais digitais cresceram de 9,2%, antes da pandemia, para 21,2% em junho de 2021. O produtos que mais cresceram foram materiais de construção e varejo.

Portanto, agora, é preciso se utilizar dos meios digitais para vender. Isto exige dedicação e trabalho gradual. Sempre com atenção ao estoques e não operar no ‘just in time. Ou seja, produtos que não vendem não precisam estar à pronta entrega. “Quem compra bem, vende melhor.”

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