Marcopolo anuncia produção dos primeiros 30 ônibus 100% elétricos no Brasil

A Marcopolo lança o primeiro ônibus elétrico do Brasil e consegue homologar a produção dos primeiros 30 Attivi – ônibus 100% elétrico. 

Nos últimos anos, devido a Pandemia, a Marcopolo passou por uma revolução no mercado de rodoviários, seu principal segmento, pois fora fortemente impactado.

Por isso, reduziu o custo fixo em 30% e foram fechadas duas plantas, uma no Rio de Janeiro, e outra no bairro Planalto, em Caxias do Sul, sem contar as de São Mateus (ES) e Ciferal (Ana Rech) que viraram rentáveis.

No entanto, a participação da Tata Motors, na Índia, foi vendida da mesma forma, gerando resultado positivo.

Conforme o CEO da Marcopolo, James Bellini, o market share (participação de mercado) foi reforçado. Se em 2019 era 55%, em 2021 passou a ser 60%.

As frequentes elevadas nos preços dos combustíveis, viajar de carro não é mais tão vantajoso. Por isso, ainda neste ano, a empresa acredita no retorno do transporte coletivo. Para ampliar o incentivo, neste ano foi concluído o processo de homologação do Attivi, ônibus 100% elétrico. “É o primeiro ônibus elétrico integral homologado no Brasil, um marco na nossa história. A partir de agora, o modelo está apto a ser comercializado. Já estamos com uma programação de produção de 30 ônibus para esse ano. A produção deve começar no segundo semestre. Também já estamos trabalhando com prefeituras que têm interesse nesse produto”, adianta Bellini.

A versão que circula no ABC Paulista desde outubro de 2021 em caráter experimental, por exemplo, tem 13,25 metros de comprimento, capacidade total para 89 passageiros (sentados e em pé), autonomia de cerca de 250 quilômetros e pode ser recarregado em até quatro horas. A proposta é que o veículo seja adaptado às necessidades do transporte urbano e intermunicipal.

“Para a Marcopolo, há um ambiente propício no mercado brasileiro para o desenvolvimento do transporte com propulsão elétrica, com provedores de energia dispostos a investir no sistema. Além do benefício ambiental, a mobilidade elétrica tem custo operacional inferior se comparado ao diesel e a adoção tende a ser decisiva para um futuro sustentável”, explica João Paulo Ledur, diretor de Estratégia e Transformação Digital.