Lebes e CMPC mantêm investimentos bilionários após enchentes – As águas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul não afetaram o ímpeto empreendedor da Lebes e da CMPC. Na quarta-feira, 07, o presidente da rede varejista, Otelmo Drebes, e o diretor-geral da empresa do ramo de celulose, Antonio Lacerda participaram da reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul.
Os dois palestrantes do evento anunciaram a manutenção de investimentos bilionários no Estado, mesmo após a tragédia de maio de 2024. Somadas, as duas empresas projetam aplicar R$ 24,5 bilhões, recursos que devem gerar cerca de 22 mil empregos diretos ou indiretos.
Otelmo Drebes anunciou que o Grupo Lebes seguirá com a construção Ecossistema Logístico do Grupo Lebes (Ellosul). A empresa idealizou o projeto antes da pandemia, com obra iniciada em 2023. Localizado em Guaiba é o maior centro de distribuição do RS.
Com valor total de investimento chegando em R$ 500 milhões, o novo CD possuirá área com 300 mil metros quadrados. A empresa inaugurou o primeiro dos sete pavilhões em junho de 2024. O complexo logístico tem o potencial de criar entre 2,5 mil e 3mil empregos diretos, além de até 10 mil empregos indiretos. As vagas serão, prioritariamente, destinadas a moradores de Guaíba e Eldorado do Sul – cidades gravemente afetadas pelas águas das chuvas.
“Mesmo depois dessa segunda calamidade que o RS viveu, com as enchentes, a decisão de investir ali se mostrou acertada”, afirma. Para simbolizar o ímpeto de retomada econômica do RS, a Lebes também inauguração de três filiais logo após as enchentes.
Maior investimento privado da história do RS
De acordo com Antônio Lacerda, expansão da CMPC representa o maior investimento privado de uma empresa chilena fora do Chile. Nomeado “Projeto Natureza”, a iniciativa totaliza R$ 24 bilhões e permitirá um incremento de 2 milhões de toneladas na produção de papel. “Seremos uma empresa chilena-gaúcha, porque o maior volume de nossos negócios está aqui.”
Segundo Lacerda, as obras da nova estrutura deverão envolver 12 mil trabalhadores, direta ou indiretamente. Após a conclusão, a operação ampliada da fábrica deverá criar de 4 a 5 mil empregos diretos. O projeto se encontra em fase final de licenciamento e as obras devem começar em 2025, com início da produção para 2029.
Relevância Logística
Os dois líderes empresariais destacaram a importância das infraestruturas fluvial e logística para a viabilidade dos seus projetos. A CMPC estuda uma parceria com a PORTOS RS para a dragagem do canal Pelotas. O trecho de Guaíba será executado pela própria empresa que assumirá a totalidade das obras necessárias.
Lebes e CMPC mantêm investimentos