A InternetSul reuniu players do país no LinkISP 2022, em Gramado em um dos maiores congressos de provedores de internet e tecnologia do país. No Brasil são 15 mil provedores de internet, 500 só no RS.
No entanto, as grandes empresas estão perdendo espaço para os provedores regionais. Conforme a Anatel, os regionais representam 55% do mercado nacional de banda larga fixa. O mercado Telecom cresceu 14% devido às operações regionais, que se tornaram mais competitivas. Muito devido às cidades pequenas e afastadas.
De acordo com o presidente da Associação de Serviços e Informações da Internet (InternetSul), Alexandro Schuck, o mercado no RS está acelerado. Afirma que esta edição contou com o o dobro de expositores em comparação a última exposição, realizada em 2019. “Nossa preocupação foi trazer pautas como wi-fi 6, internet 5g e tributação. O mercado está em permanente metamorfose e este momento é para troca de ideias e reflexão sobre as tendências do mercado futuro.”
Segundo o presidente, a InternetSul vem conquistando espaço nos últimos anos. “A InterneSul tem legitimidade para representar e discutir com órgãos reguladores. Falamos do nosso ponto de vista, inclusive sobre a tributação.”
Aluguel nos postes de luz
Um dos problemas enfrentados pelos provedores é a fixação dos cabos de internet nos postes de luz. As concessionárias cobram aluguel para instalação, porém não efetuam manutenção do espaço.
Muitas vezes, para que a internet chegue até a residência, é preciso alugar até cinco postes, o que incorre numa alta carga de custos, inviabilizando o negócio. “É preciso maior regulação disso. E a precificação deve ser revista. Se você aluga o espaço, precisa manter o ambiente limpo e em condições.”
Evento presencial da InternetSul, como LinkISP de Gramado, vende mais
Segundo o coordenador de marketing da CampSoft, de Campinas (SP), Camilo Prado, a presença física é uma porta para abrir relacionamentos. “Serve para os provedores locais de cidade de até 3 mil habitantes, que não são impactadas por grandes campanhas.”
A empresa veio do estado de São Paulo porque faz parte da associação InternetSul. “Muitos provedores não têm conhecimento do que ele pode fazer. Oferecem só a internet, mas nós oferecemos canais de streaming, telemedicina, livros online, etc.”
Conforme o coordenador, são produtos que podem reduzir a carga tributária dos provedores. “É uma estratégia de mercado.”
Empresas nacionais na
LinkISP InternetSul em Gramado
De acordo com o Executivo de Tecnologia e Business Development Cloud da Connectoway (serviços e produtos para ISPs e corporativo) Nilson Fernandes, o evento ajuda os negócios. “Além de novos negócios, queremos trazer leads, consolidar parcerias com ISPs e clientes, e atender o mercado geral de provedores de internet.”
A Connectoway tem parceria direta com a Huawei, a maior da América Latina e a 10ª maior do mundo no setor, com negócios na China e na Índia. Nos negócios corporativos, acelera a transformação digital das empresas, a Cyber Segurança e a Hiperconvergência.
Assim, entra no portfólio também o wi-fi 6, que são soluções e projetos enterprise de cobertura sem fio para aplicações de larga escala.
Conforme o diretor da Quaza Tecnologia, de Lajeado-RS, Pedro Wessel, o número expressivo de leads (prospecções de venda) confirmou o que buscava no congresso. “Queremos duplicar o número de clientes com este evento.”
Segundo o gerente de produtos e Tecnologia da MK Solutions (empresa de Santa Cruz do Sul), Télcio Cardoso, muito leads foram gerados para a venda de softwares de gestão para provedores de internet.
“Oferecemos o RP software, ecossistema de gestão, APP CRM, APP auto serviço. É o suporte da equipe de atendimento automatizado. Oferecemos ainda BI gestão estratégia, mapeamento de rede de fibra para documentar a tua rede. Se tu quiser vender tua rede, isso afeta no valor do provedor.”
Gramado Summit e Link ISP da InternetSul
Conforme o CEO fundador da Gramado Summit, Marcus Rossi, eventos como esse são fundamentais para possibilitar a conexão com as melhores ideias do mercado. Também conecta com outras pessoas que estão criando disrupção. “No final da contas tudo o que une as empresas é o lado humano. Quando a gente está assinando um contrato, o que a gente busca é a conexão de conteúdos, em família, para ter acesso a comunicação do mundo. As soluções não só de bits, mas tipicamente humana.”
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