Inovação e gestão marcam segundo dia da 24ª Jornada do Sorvete – O segundo e último dia da 24ª Jornada do Sorvete , encerrado ontem, a gestão sanitária e a inovação na cadeia de sorvetes foram tema das palestras técnicas. Durante os dois dias de evento em Bento Gonçalves, os fabricantes de sorvetes e profissionais que atuam nas organizações puderam se capacitar, fazer networking e negócios. “Uma palavra que define a Jornada é ambiência. Muitas pessoas juntas, que mesmo sendo concorrentes desfrutam de um ambiente colaborativo de informações e amizade”, resumiu o presidente da Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel), Marcelo Melatti.
A engenheira química e mestre em engenharia mecânica, Cristina Farah, realizou a palestra “Gestão sanitária na cadeia produtiva de sorvetes” e refletiu com os fabricantes sobre a segurança alimentar que envolve todas as etapas até a venda para o consumidor final. “Não basta o produto estar adequado a uma ficha técnica, tem que ser seguro, que é ser livre de contaminações”, afirmou. Ela listou os vários tipos de impactos, como contaminações físicas, químicas e microbiológicas, além de advertir para a atenção a todas as etapas, começando pela escolha dos fornecedores das matérias-primas. “Muita atenção a isso. O comprador costuma buscar preço menor, mas esse atende os requisitos que a gente quer”, questionou. Cristina observou a relevância do profissional técnico, que olha além do resultado tecnológico, tendo a capacidade de avaliar se a matéria-prima é segura também. Liderar pelo exemplo e implementar a cultura da gestão sanitária foram algumas das mensagens deixadas pela palestrante para as empresas que desejam melhorar o processo produtivo de suas indústrias de sorvetes.
Inspirações e inovações em alimentos foram os destaques da palestra da mestre em design e engenheira em alimentos, Cristina Leonhardt. Ela compartilhou com o público os principais insights de inovação estratégica para líderes, provocando a plateia a pensar diferente e ‘sair do lugar comum’ para surpreender e vender mais. “Inovação é sobre se manter relevante. Morango, chocolate e creme são os que mais vendem, mas será que só esses sabores serão relevantes para o mercado ao longo do tempo?, advertiu. A recomendação dela é que as empresas invistam entre 1 e 2% da renda em inovação, mirando num trabalho evolutivo de melhorias. Cristina salientou que também se trata de uma construção das competências técnicas internas para o futuro da empresa. Por isso, estimulou a todos a praticar a inovação como uma atividade estratégica. “Não importa se a empresa tem 5 funcionários ou se está exportando. A inovação é pauta da liderança”.
Além das palestras, o Salão do Expositor se manteve movimentado durante toda a tarde, recebendo empresários de várias cidades gaúchas. Nos estandes foram vendidos e prospectados insumos, embalagens e maquinários, investimentos que vão modernizar e melhorar os negócios das indústrias sorveteiras gaúchas. A próxima Jornada do Sorvete será em 2025.
Inovação e gestão marcam segundo dia da 24ª Jornada do Sorvete