Inflação deve desabar em 2023 e Tesouro IPCA+ 2045 dispara 20%. Os títulos públicos no Tesouro Direto operavam em forte alta nesta segunda-feira (22), com papéis IPCA+ de longo prazo acumulando ganhos de até 20% desde o fundo em 2023.
Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o Tesouro IPCA+ 2045 oferecia rentabilidade de 5,84% ao ano acima da inflação, com preço unitário de $ 1.188,92.
E desde a sua menor cotação no ano, em 27 de janeiro, o Tesouro IPCA+ 2045 teve valorização de 20% na marcação a mercado. Como resultado, o preço unitário saltou de R$ 990,43 para os atuais R$ 1.188,92.
Nesta manhã, o mercado reviu sua projeção de inflação para 2023, com estimativa desabando de 6,03% para 5,80%, conforme o relatório Focus.
Metas de inflação
O motivo para o amplo recuo da inflação ao longo de 2023 tem nome, segundo a Ativa Investimentos. Trata-se da mudança da política de preços da Petrobras (PETR4).
Ou seja, o anúncio da estatal petrolífera teve peso nas projeções de economistas. “O corte no preço da gasolina reduzindo o preço médio em R$ 0,40 por litro nas refinarias por si só já impactaria sobremaneira tanto a inflação corrente como a expectativa de inflação deste ano”, afirma a corretora em nota.
Inflação e Tesouro IPCA: arcabouço fiscal e dívida americana enfraquecem dólar e Ibovespa abre segunda-feira sem forças
O Ibovespa futuro abriu a sessão desta segunda-feira (22) em queda de 0,20%, cotado aos 111.230 pontos. Já o dólar iniciou o pregão de hoje em alta de 0,05%, valendo R$ 5,0004, mas testava queda.
Em Nova York, os indicadores futuros caminhavam de lado. Às 09h, os futuros de Dow Jones, S&P 500 avançavam 0,04%, 0,01%, respectivamente, enquanto Nasdaq recuava 0,04%.
As atenções estão voltadas hoje para o teto da dívida americana. O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra com o presidente da Câmara para discutir o teto da dívida do país.
No Brasil, o mercado foca na votação do novo projeto de arcabouço fiscal no plenário da Câmara dos Deputados, que está prevista para iniciar na quarta-feira (24).
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Fonte: MoneyTimes