IPC-S desacelera a 1,08% em abril, após variação em março

O indicador acumulou inflação de 10,61% nos 12 meses até abril, maior que o avanço de 9,68% no período até março.
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IPC-S mede o custo de vida em vários setores sociais para reajustar salários e aluguéis.

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a 1,08% no fechamento de abril, após variação de 1,35% em março e de 1,47% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador acumulou inflação de 10,61% nos 12 meses até abril, maior que o avanço de 9,68% no período até março.

O resultado mensal veio abaixo da mediana das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast, de 1,10%, cujo intervalo ia de 0,91% a 1,50%. A taxa em 12 meses também ficou aquém da expectativa intermediária, de 10,62%. O piso era de 10,43% e o teto, de 10,73%.

Cinco das oito categorias de despesa que compõem o indicador arrefeceram na variação da última semana de abril, com destaque para Habitação, que passou de alta de 0,61% para queda de 0,69%. Em março, a taxa havia sido de 1,23%. A maior contribuição foi de tarifa de eletricidade residencial, cuja variação saiu de -2,08% para -6,78% na comparação quadrissemanal.

Transportes (2,86% para 2,13%), Alimentação (1,82% para 1,58%), Despesas Diversas (0,84% para 0,70%) e Comunicação (0,01% para -0,02%) foram os outros grupos a registrar desaceleração. Nesses conjuntos de preços, pesaram os alívios em gasolina (5,45% para 3,19%), hortaliças e legumes (11,50% para 9,10%), serviço religioso e funerário (0,52% para 0,19%) e mensalidade para internet (-0,20% para -0,40%).

Já Educação, Leitura e Recreação (1,86% para 2,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,80% para 1,14%) e Vestuário (1,11% para 1,26%) avançaram ante a terceira quadrissemana. Nessas classes, o que mais influenciou foram passagem aérea (10,50% para 14,38%), medicamentos em geral (2,61% para 4,12%) e roupas femininas (0,99% para 1,42%).

Influências individuais

Tarifa de eletricidade residencial (-2,08% para -6,78%), condomínio residencial (0,27% para -0,89%) e plano e seguro de saúde (-0,50% para -0,50%) foram os itens que mais contribuíram para o alívio do IPC-S no fechamento de abril. Mamão papaia (-1,21% para -7,28%) e bombons e chocolates (-3,09% para -3,51%) completam a lista.

Na outra direção, gasolina (5,45% para 3,19%), passagem aérea (10,50% para 14,38%) e licenciamento/IPVA (3,53% para 3,53%) pressionaram o indicador para cima, seguidos de aluguel residencial (2,62% para 2,14%) e tomate (22,17% para 16,93%).

IPC-S serve para reajustar salários e contratos de aluguéis 

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calcula a variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do país. É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e teve seu início de apuração em 2003.

O IPC-S registra a evolução de preços de maneira quadrissemanal, com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês.

As coletas de preços de 425 itens são realizadas a cada dez dias, em 2.500 estabelecimentos de 12 capitais, totalizando 180 mil cotações mensais; donas de casa treinadas pesquisam preços de alimentação no domicílio, produtos de limpeza, higiene e serviços a cada dez dias; e funcionários da FGV, em consulta mensal, pesquisam os demais grupos de bens e serviços constitutivos da cesta básica do IPC.

Índice Preços Consumidor desacelerou

Fonte: Agência Estado

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