Agentes autônomos fecham parceria com a Hurst Capital para oferecer ativos alternativos

Para driblar o impacto da redução da Selic e da alta volatilidade da Bolsa, profissionais do setor buscam investimentos descorrelacionados do mercado tradicional de forma a diversificar carteira de clientes.
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Hurst Capital ativos alternativos

Agentes autônomos fecham parceria com a Hurst Capital para oferecer ativos alternativos. Em busca de uma resposta para a queda da taxa Selic e para a alta volatilidade e baixo desempenho do Ibovespa, cada vez mais investidores buscam ativos alternativos como forma de diversificação e proteção de suas carteiras.

É compreensível. Ativos como royalties musicais, de cinema, shows, precatórios, real state e obras de arte, entre outros, além de garantirem bons retornos, apresentam-se como opções seguras para quem não tem sangue frio para enfrentar quedas abruptas no mercado de ações.

O fenômeno levou a Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da America Latina, a fechar parceria com dezenas de agentes autônomos que querem oferecer essa opção de investimentos aos clientes.

“Os ativos alternativos têm como vantagem estarem no meio termo entre as aplicações tradicionais de renda variável e de renda fixa. Descorrelacionados do mercado financeiro tradicional, são menos voláteis do que ações da Bolsa de Valores e menos arriscados, porém, garantem retornos maiores do que a renda fixa”, afirma Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, maior plataforma de investimentos alternativos da América Latina.

Para entender melhor a situação, do início de 2019 até julho deste ano, o retorno anualizado dos ativos alternativos atingiu 21,14%, contra 6,42% do Ibovespa e 7,2% do IFIX (fundos imobiliários).

No mesmo intervalo, os investimentos livres de risco (CDI), renderam anualmente 7,18%, ou seja, os ativos alternativos retornaram 3x o CDI do período. O cálculo do índice de alternativos envolve os retornos anualizados de mais de 350 operações (considerando apenas as operações finalizadas, incluindo aquelas com retornos positivos e negativos) realizadas pela Hurst Capital.

Hurst Capital: ativos alternativos e os risco de operação

Quando a análise é voltada para o risco da operação, os alternativos também apresentam vantagem em relação às outras opções do mercado. O índice Sharpe, que avalia o risco e o retorno de um determinado investimento, dos alternativos ficou em 1,12 no período analisado. Já o do Ibovespa é de – 0,10. Quanto menor o indicador, pior o investimento.

Não é por acaso que corretores e agentes autônomos passaram a disponibilizar este tipo de investimento a seus clientes. Eles já perceberam que se trata de um caminho sem volta. A tendência é que o percentual de ativos alternativos, também chamados de ativos reais, seja cada vez maior no portfólio dos investidores daqui para frente.

Segundo Diego Ramiro, CEO da Miura Investimentos e Presidente da ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos), a profissão de assessor de investimentos evoluiu muito nos últimos anos. “Nós éramos monoproduto.

Só vendíamos ativos de renda variável e, com o passar do tempo, nos tornamos assessores de patrimônio, ajudando os clientes com todos os tipos de ativos, inclusive, os alternativos”, diz.

Para ele, os alternativos são o futuro das carteiras, pois vão se tornar a grande evolução para o profissional que vai oferecer ao cliente opções diferentes dos que estão disponíveis no banco ou em uma gestora. “O que antes era voltado para um público seleto agora pode ser democratizado pelos assessores”, complementa.

O interesse tem aumentado tanto, que a Hurst Capital passou atender por meio de parcerias escritórios de agentes autônomos interessados em produtos diferentes para compor as carteiras dos clientes.

Alternativos são 5%

Segundo Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, atualmente, os ativos alternativos representam, em média, 5% da alocação de recursos nas carteiras de investimentos dos investidores brasileiros, mas a perspectiva é de que o cenário mude rapidamente.

“Com as parcerias, os clientes desses escritórios passam a ter acesso aos ativos disponibilizados por nós e vice-versa, por meio de um pacote Premium. Isso será bom para ambos os lados, pois daremos mais opções para que o investidor atinja seus objetivos de rentabilidade com mais segurança”, comenta.

A estratégia de firmar parcerias com escritórios autônomos foi colocada em prática pela Hurst há pouco tempo. O gerente responsável pelo atendimento corporativo, Lucas Garrido, afirma que existe aumento da demanda e os escritórios têm buscado parceiros idôneos para sugerir os ativos aos seus clientes.

“A popularização dos alternativos é recente e os bons agentes buscam segurança para seus clientes, daí buscarem a Hurst. Não por acaso, já conquistamos 30 parcerias em apenas três meses”, afirma Garrido. O objetivo da Hurst é atingir, ao menos 50 parcerias até o fim do ano.

Especialistas de mercado aprovam essa movimentação. “As teses de alternativos têm ficado cada vez mais consolidadas, com histórico de performance mais longos e de bom desempenho. Além disso, o ciclo de queda de juros começa a despertar o interesse em opções de maior potencial de retorno”, comenta Bruno Pereira, sócio e líder comercial da Blue3 Investimentos.

Ser descorrelacionado do mercado tradicional e funcionar como reserva de valor são duas das maiores vantagens dos ativos alternativos. Eles ajudam no crescimento do patrimônio e nos momentos de crise têm como característica se desvalorizarem muito pouco, protegendo a carteira. “Naturalmente, as pessoas buscam investimentos que proporcionam crescimento rápido do patrimônio. Mas temos de pensar que é importante ter no portfólio ativos que, na hora da crise, tenham como característica se desvalorizar pouco. E os alternativos costuma ter essa peculiaridade”, avalia Para Marco Saravalle, analista CNPI-P e sócio fundador da Sara Invest.

Saravalle comenta que redução da Selic e volatilidade da Bolsa, entre outros, contribuem para aumentar a procura. Porém, o fenômeno só está acontecendo porque o investidor de hoje tem mais informação disponível e mais acesso aos produtos. “Demanda sempre teve, mas antigamente só investia em obras de arte ou em música quem tinha muito dinheiro. Hoje, as plataformas oferecem informação, educação e possibilidades para um número bem maior de investidores alocarem capital nos mais diferentes tipos de ativos”.