HIGRA faz rescaldo da atuação nas enchentes do RS

Em maio do ano passado, empresa disponibilizou, via aluguel, venda e empréstimo, 19 bombas que drenaram mais de 20 bilhões de litros de água de volta para os rios gaúchos
HIGRA faz rescaldo da atuação nas enchentes do RS

HIGRA faz rescaldo da atuação nas enchentes do RS – A HIGRA, empresa de tecnologia gaúcha que tem em seu portfólio de produtos as bombas anfíbias como carro-chefe, além de aeradores e misturadores para tratamento de efluentes, bombas submersas, bombas para esgoto e turbogeradores anfíbios para geração de energia limpa, teve participação fundamental no período mais agudo das tragédias climáticas que assolaram o Rio Grande do Sul em maio passado. Durante todo o mês cinco de 2024, a empresa disponibilizou, via aluguel, venda e empréstimo, 19 bombas que drenaram mais de 20 bilhões de litros de água de volta para os rios gaúchos. Os equipamentos foram alocados nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre e Cachoeirinha.

Entre os diferenciais das bombas anfíbias, disponibilizadas durante as enchentes, diante das bombas convencionais, está o fato de a drenagem ser realizada mesmo com o equipamento submerso. Além disso, a agilidade da instalação é outro diferencial, já que, com todos os componentes em campo, a instalação leva, em média, quatro horas. “É mais compacto e mais ágil do que sistemas convencionais, vista a capacidade adaptativa da bomba anfíbia e a não necessidade de alinhamento de eixo”, explica o CEO da HIGRA, Alexsandro Geremia.

Sem riscos ambientais
A manutenção das bombas anfíbias é menos complexa e menos vulnerável a desastres ambientais, como vazamento de óleo. “Motores molhados, diferentemente dos secos, não requerem vedação para evitar a entrada de água e uso de lubrificantes. Sendo assim, além de diminuir consideravelmente as falhas mecânicas, não temos risco de contaminação ambiental em função de possíveis vazamentos de óleo”, explica Geremia, ressaltando, ainda, que o design das tecnologias anfíbias também permite a passagem de grandes detritos sem qualquer obstrução, diferentemente das bombas convencionais.

A atuação da HIGRA durante a tragédia climática chamou a atenção do Brasil e do mundo, visto que a empresa foi convidada para eventos nacionais e conquistou novos clientes do País, como o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee) e Seminário Nacional de Política Industrial.

Desde maio de 2024, a HIGRA cresceu rapidamente. Em novembro passado, a empresa adquiriu uma planta para produção própria de motores e geradores molhados, em Caxias do Sul/RS, criando a HIGRA Motors. Visando à excelência no atendimento dos seus clientes, a empresa gaúcha também criou uma área específica para serviços de pós-vendas, dando origem a mais dois braços: a HIGRA Customer Service e a HIGRA Service Sul. “Com isso, nossa fábrica em São Leopoldo ficou focada, exclusivamente, na montagem de bombas anfíbias, deixando o grupo mais direcionado ao atendimento de demandas emergenciais de drenagem”, conta Geremia, ressaltando que, no entanto, a HIGRA entende que a melhor solução é sempre a prevenção. “Não dá pra contar com movimentos de emergência. As cidades precisam investir em ações que mitiguem os riscos de outras tragédias ambientais, como soluções de deságue, desassoreamento, diques e drenagem”, acrescenta.

Atualmente, duas prefeituras gaúchas estão com contratos com a HIGRA para a instalação de bombas anfíbias, São Leopoldo e Santa Maria.

Alta no faturamento

Em 2024, a HIGRA ultrapassou a barreira dos R$ 180 milhões de faturamento, 100% mais do que em 2023, inaugurando unidades em Caxias do Sul, Itajaí/SC, Nova Lima/MG e Parauapebas/PA. Atualmente, as exportações do grupo representam 5% do faturamento, número que deve aumentar nos próximos anos. Os principais destinos internacionais são países da América Latina, Europa e Oceania, além de projetos no continente africano.

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