Palestra sobre a estruturação da governança em empresas familiares encerra Fórum da Acil e IBGC

Quarto e último encontro do Fórum de Governança em Empresas Familiares contou com exposição do co-fundador do IBGC/Porto Alegre e IBEF/Porto Alegre, Jairo Gudis.
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Governança empresas familiares Acil
Governança de empresas familiares para sucessão na Acil

Palestra sobre a estruturação da governança em empresas familiares encerra Fórum da Acil e IBGC. “A governança é um processo contínuo e em constante evolução, que delimita espaços e papéis e torna a vida da família empresária mais fácil.”

A afirmação foi feita nesta sexta-feira (9) pelo co-fundador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Porto Alegre e do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) Porto Alegre, Jairo Gudis, ao explicar os modelos de estruturação de negócios para famílias empreendedoras.

Ele foi o palestrante do último módulo do Fórum de Governança em Empresas Familiares promovido pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) em parceria com o IBGC Capítulo-RS.

Segundo o palestrante, a governança familiar permite o trabalho conjunto entre o sucedido e o sucessor e, por isso, precisa ser realizada da melhor forma possível para manter a continuidade da empresa.

“Os processos estruturais podem ser simples ou complexos, isso tudo depende das características familiares e da maturidade da empresa. O importante sempre é trabalhar junto não apenas para discutir decisões e, sim, para ter alçadas complementares sobre o futuro do negócio”, frisou.

Estruturação

Gudis apresentou aos participantes os tipos de estruturações para empresas familiares. Os modelos apresentados foram o de três círculos e o modelo tridimensional. De acordo com o palestrante, em qualquer das estruturações, um dos passos iniciais deve ser a formação de um conselho de familiares e sócios, de caráter apenas informativo e consultivo.

Após realizada essa estruturação, segundo Gudis, deve ser iniciado o processo de separação dos temas inseridos nos três círculos de poder. “Por isso, é essencial que uma empresa tenha três funções estratégicas, uma cadeira sendo ocupada pelo coordenador e presidente da área de família e sócios, uma cadeira para a liderança do conselho e uma cadeira ocupada pelo líder de operação”, destacou.

Ainda segundo o palestrante, essas funções devem ser bem estabelecidas e regradas a fim de evitar transtornos que conflitem com as redes de relacionamento familiares.

“As regras entre relações empresariais e familiares são capazes de assegurar que os conflitos de interesse sejam minimizados. Além disso, quando temos uma empresa com boa estruturação, estamos agregando valor ao patrimônio e contribuindo para a perpetuidade dos negócios”, concluiu.

O último encontro, como os demais, permitiu uma troca de experiências e ideias entre os participantes. Em grupos, os empresários foram provocados a responder questionamentos que, na rotina de empresas familiares, são capazes de contribuir para o crescimento dos negócios.

Nesse último módulo, os grupos de trabalho foram supervisionados pelos facilitadores do IBGC, Camile Bertolini Di Giglio, Carlos Diehl, Jaime Drebes e Fernando Röhsig.

Realização

O Fórum de Governança em Empresas Familiares 2022 contou com a participação de cerca de 50 integrantes de mais de 20 empresas. As atividades começaram no mês de setembro e encerraram-se nesta sexta-feira.

Ao todo, foram promovidos quatro eventos em formato de café da manhã, com palestra e dinâmicas em grupos. A programação foi uma realização da Acil em parceria com o IBGC – Capítulo RS e apoio de Nesello & Daiello Advogados, Sicoob Meridional e Vida Card Cartão de Saúde.

A produção reúne depoimentos dos ex-líderes Carlos Calcagnotto, Idalice Manchini e Neure Fedrizzi, como também do atual presidente, Rossano Boff, destacando momentos marcantes e projetos que refletem a força e a relevância da entidade por sete décadas.