Frio e eventos sociais impulsionam receitas de varejistas de moda no segundo trimestre. Após a Covid-19 penalizar as varejistas, agora as baixas temperaturas e a retomada dos encontros sociais levaram os clientes de volta às lojas e às compras online.
“O período entre abril e junho apresentou forte desempenho, impulsionado por um inverno antecipado, mais rigoroso, e a necessidade de renovação do guarda-roupa, fruto da retomada dos eventos sociais e da maior mobilidade”, disse a Lojas Renner em seu release, publicado no início de agosto.
As companhias, em geral, tiveram suas coleções de Outono/Inverno performando bem, viram suas receitas saltarem e conseguiram, por conta da maior demanda, repassar preços sem maiores problemas.
“O desempenho da categoria varejo foi impactado pela venda de produtos de inverno em maio, potencializado pela queda de temperaturas, pela boa aceitação de nossas coleções e collabs, e pela maior mobilidade que resultou em fluxo maior nas lojas”, explicou a C&A.
As varejistas, generalizando, trouxeram receita acima ou em linha com consenso. A Lojas Renner, por exemplo, teve um faturamento de R$ 3,17 bilhões, ante projeção de R$ 3,18 bilhões da Refinitiv e com alta de 40,6% no ano.
O crescimento das vendas no varejo em relação à linha de base de 2019 mostrou boa aceleração sequencial, de 57%, enquanto as despesas gerais, administrativas e com vendas, que têm sido o principal ponto de preocupação, vieram em boa forma, suportando um ajuste de varejo saudável.
A receita líquida da C&A cresceu 39% no ano, e 29% frente a 2019, impulsionada pelo desempenho das vendas. Em termos de rentabilidade, a margem bruta cresceu 4,5 pontos percentuais, impulsionada pela categoria de vestuário, que foi suportada pela estratégia de preços e benefícios da adoção do push-pull.
Frio e eventos são aliados dos varejistas e a Arezzo tem maior crescimento
Contudo, a Arezzo foi a que mais viu sua receita disparar, com alta de 70,8% no ano e de 140,1% frente a 2019. A varejista de moda divulgou outro forte conjunto de resultados, com o crescimento da receita ainda robusto. As margens também foram um destaque positivo, suportando um lucro líquido ajustado de R$ 123 milhões.
Com a Guararapes, Lojas Marisa e Track & Field não foi diferente. As três, em seus documentos, também destacaram a antecipação do inverno. “Observamos uma aceleração importante na atividade no setor no trimestre, com destaque para os meses de abril e maio, cujas vendas foram impulsionadas por temperaturas mais frias”, diz a Lojas Marisa.
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Fonte: Infomoney