A Feira Hannover Exhibition Grounds iniciou ontem (30), na Alemanha, com foco na transformação industrial, especialmente tecnologia e sustentabilidade. Neste ano, o Brasil terá uma das maiores delegações de história, com mais de 100 pessoas. No grupo, 65 são do Rio Grande do Sul.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) lidera e organiza a missão, por meio do Centro Internacional de Negócios, com a parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sebrae-RS.
No entanto, o estado tem indústria forte, mas o fato de a Fiergs organizar missões a Hannover há mais de 30 anos é fundamental.
Nesta edição, haverá a presença 40 executivos de mais de 30 indústrias no Rio Grande do Sul. Há grandes empresas centenárias, como a CMPC. É uma fábrica de celulose em Guaíba, que será representada pelo diretor-geral, Mauricio Harger. A Copelmi Mineração terá na Alemanha o seu diretor-superintendente, Carlos Faria.
Também integram a comitiva companhias mais jovens, como a Alfamet, fundada em 2007. Ela conta com prestação de serviços de calibração de peças para equipamentos robotizados de solda. O interesse é em diversas áreas, como automação e controle, robótica, refrigeração, caldeiras, infraestrutura de TI e energias renováveis.
Comitiva do Governo
Do mesmo, conforme o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o principal objetivo da viagem é mostrar o perfil de investimentos que o Rio Grande do Sul oferece nos setores de geração de energia e de tecnologia. “Estamos aqui para demonstrar que o Estado está apto e, acima de tudo, de portas abertas para receber grandes investimentos”, acrescenta.
O primeiro compromisso da comitiva gaúcha em Hannover foi um seminário com a participação do chefe do setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil na Alemanha, Rômulo Neves, do diretor do Centro Brasileiro de Internacionalização e Negócios (Cebras), João Dalla Costa, e do presidente da Fiergs, Gilberto Petry.
Reflexos da Segunda Guerra
Cidade com 500 mil habitantes no centro-norte da Alemanha, Hannover tem uma boa infraestrutura, com aeroporto, metrô e uma movimentada estação central de trens.
Arborizada com plátanos, reúne em sua área central belezas arquitetônicas e naturais, atrações culturais e históricas, como uma igreja destruída na Segunda Guerra Mundial, cujas paredes que restaram foram mantidas para marcar o episódio.
A localidade se diferencia de outras muitas cidades alemãs, com as mesmas características por abrigar o maior evento da indústria do mundo, a Hannover Messe (feira em alemão), que apresenta todos os anos as novidades tecnológicas do setor.
Esta edição está sendo muito celebrada por dois aspectos: primeiro, por marcar o retorno das atividades presenciais, após dois de pandemia.
Outro fator é a efeméride de 75 anos, celebrada por autoridades neste domingo à noite – a feira foi um estímulo para a recuperação da Alemanha no pós-guerra, com a indústria tendo um papel de destaque no milagre econômica europeu, como destacou o prefeito de Hannover, Belit Onay.
Neste cenário, a feira, que teve a primeira edição em 1947, logo se firmou como uma vitrine das inovações tecnológicas para indústria mundial. “Estamos muito felizes de voltarmos ao vivo e a cores”, celebrou o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Feira Hannover transformação industrial