Federal Reserve Bank dos EUA eleva a taxa de juros a 0,75, a maior em 28 anos

Guerra na Ucrânia é o principal motivo da alta e pode afetar diretamente os países que têm acordos comerciais com os EUA
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Banco Central Americano decide maior alta de juros em 28 anos.

O Federal Reserve Bank anunciou a decisão de política monetária na tarde desta quarta-feira (15) com a elevação da taxa de juros em 0,75 ponto percentual. O cenário era esperado após o anúncio do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) que fechou o mês de maio fechou em alta de 1% em relação ao mês anterior.

Na inflação acumulada em todo o ano de 2022, o índice de 8,6% é o pior desde dezembro de 1981, durante o início do governo de Ronald Reagan, quando o acumulado foi de 8,9%.

O Fed também divulgou projeções atualizadas de todos os 18 membros para o crescimento econômico, inflação, desemprego e taxas de juros para os próximos anos.
Os integrantes da autoridade monetária agora preveem, na mediana, a taxa de juros encerrando 2022 a 3,4%, versus uma projeção de 1,9% em março; para o fim de 2023, a visão é de juros a 2,8% (2,8% anteriormente). Já para 2024, em 3,4% (2,8%); os juros a longo prazo tiveram um leve aumento de 2,4% para 2,5%.

Federal Reserve Bank emite comunicado

Em comunicado, banco central americano apontou para a guerra a principal responsável pela crise. “A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global.”
Além disso, os bloqueios relacionados ao COVID na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. “O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários.”

A guerra da Rússia com a Ucrânia ocasiona uma forte alta também no custo de alimentos, aluguéis, saúde, entre outros.

A crise econômica mundial reflete os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços, apontou o comitê.

No entanto, de acordo com o comitê de política monetária, a atividade econômica geral parece ter se recuperado após a queda no primeiro trimestre: “os ganhos de salários foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa”.

Impactos da Federação Reserve Bank no Brasil

O Fed é o Banco Central americano, responsável pela política monetária interna e externa. Assuntos internos como a inflação, taxas de emprego, quantidade de moeda em circulação são tratadas como prioridade no governo.
A expectativa é de que a taxa de juros continue elevada e isso ascende um alerta no Brasil. O resultado com as taxas de juros elevadas nos EUA é um estresse global. No caso do Brasil, há uma maior sensibilidade. “Quando se tem aversão ao risco, o Brasil sofre mais. Se há um diferencial de juros mais baixos do Brasil em relação aos EUA, aumenta o custo de oportunidade de manter o dinheiro no Brasil”, diz Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
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Fonte: InfoMoney | O Estado de Minas
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