O percentual de contas em atraso, ao registrar 36,4%, apresentou o terceiro recuo marginal consecutivo. O tempo de pagamento com atraso apresentou redução, especialmente na comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto que em novembro de 2023 era de 34,9 dias e em outubro de 2024 de 30,2 dias, em novembro de 2024 foi de 29,8 dias.
Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar nenhuma parte das dívidas nos próximos 30 dias foi de 3,1%, inferior ao de outubro de 2024 (3,4%), mas ainda superior ao de novembro de 2023 (2,6%). A queda do indicador na margem foi acompanhada de um aumento no percentual de famílias que afirmam ter condições de quitar a totalidade das contas em aberto no próximo mês, um sinal positivo na análise da inadimplência.
De um modo geral, o resultado da PEIC é positivo. Passados seis meses da tragédia, apesar do aumento do endividamento e da inadimplência, os números começam a retroceder sem ter alcançado as máximas históricas. A inflação mais baixa do que na média em Porto Alegre do que na média brasileira, também reduz a pressão sobre o orçamento das famílias. A alta dos juros, porém, deverá ter reflexo na inadimplência futura. Ainda que a maior parte das dívidas das pessoas físicas seja pré-fixada, as novas dívidas serão adquiridas a juros maiores. “Apesar dos bons números da PEIC-RS de novembro de 2024, é importante lembrar que o futuro ainda nos reserva muita incerteza. Com juros maiores, o apetite por crédito diminui e a inadimplência cresce, dois fatores que pesam contra a dinâmica do comércio e dos serviços”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Confira a análise econômica e os dados completos.