Estado e Begreen firmam acordo para três novas fábricas

As plantas produzirão amônia (NH3) e fertilizantes a partir do hidrogênio verde em Passo Fundo, Tio Hugo e Condor. As duas primeiras estão em fase de licenciamento ambiental e a terceira em processo fundiário.
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Estado e Begreen firmam acordo para três novas fábricas
Foto: Tais Teixeira/Ascom Sedec

Estado e Begreen firmam acordo para três novas fábricas – A Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis e o governo do Estado do Rio Grande do Sul assinaram um memorando de entendimento (MOU) para a construção de três fábricas. As plantas produzirão amônia (NH3) e fertilizantes a partir do hidrogênio verde em Passo Fundo, Tio Hugo e Condor.

As duas primeiras estão em fase de licenciamento ambiental e a terceira em processo fundiário. O acordo permite que as fábricas tenha benefícios fiscais do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio e contribuam para uma agenda de substituição de importação de insumos agrícolas.

As três unidades somarão investimentos de aproximadamente R$150 milhões e terão uma produção anual de 8 mil toneladas de amônia anidra. O investimento resultará na geração de 120 empregos diretos no período de construção e outros 30 na operação das unidades.

A Begreen tem como sócios a Migratio Participações, a Torao Participações e a Pharo Participações. O empreendimento conta, ainda, com a parceria com a Universidade de Passo Fundo e o Tecnoagro. De acordo com o diretor de operações da Begreen, Luiz Paulo Hauth, a construção das três unidades deve ocorrer em um ciclo de 20 meses cada, após a obtenção de todas as licenças ambientais necessárias. a expectativa é que as primeiras plantas possam operar já a partir do primeiro semestre de 2027.

O executivo lembra que os projetos previstos no memorando de entendimento estão em linha com a enorme expansão de hidrogênio de baixo carbono ao redor do mundo. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que a ampliação da cadeia de hidrogênio verde chegue a 420 GW ao final de 2030, um crescimento de 21.000% sobre os atuais 2GW.

 

Energia renovável

O acordo entre o governo estadual e a Begreen prevê que em todas as três unidades contempladas no MOU o hidrogênio usado na fabricação dos insumos agrícolas será obtido com o uso de energia renovável, ou seja, será hidrogênio verde (H2V). Também a amônia (NH3) a ser produzida, com a extração do nitrogênio do ar, será baseada em energia renovável.

“Tanto a produção de hidrogênio verde – um dos insumos críticos para a produção dos fertilizantes-, quanto a do nitrogênio são eletrointensivas. O alto consumo de eletricidade nessa cadeia produtiva deve-se à necessidade do processo de eletrólise da água – de onde o hidrogênio é retirado – assim como em função da captura do nitrogênio, a partir do ar, para a composição da amônia (NH3)”, explica Hauth.

Focado na produção local, próxima dos consumidores agrícolas do Rio Grande do Sul, o projeto permitirá à região ganhar maior autonomia em relação à cadeia fertilizantes. A iniciativa tem potencial para substituir custosas importações e, ao mesmo tempo, participando localmente do esforço mundial de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

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