Em fevereiro de 2022, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) variou 0,8% em relação ao mês anterior. Já na comparação com fevereiro de 2021 houve avanço de 20,8%. Com isso, o saldo totalizou R$ 4,7 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 53,3%.
As concessões nominais de crédito somaram R$ 1,9 trilhão em fevereiro, registrando estabilidade no mês – em relação ao mês anterior, com avanço de 0,5% nas concessões de recursos livres e de 0,2% no direcionado, nas séries com ajuste sazonal.
Em relação a fevereiro de 2021, as concessões com recursos livres tiveram aumento de 28,3% e as concessões com recursos direcionados tiveram alta de 19,3%. No acumulado em 12 meses, as concessões livres tiveram aumento de 25,9% e os direcionados de 7,3%.
É importante também distinguir o comportamento das concessões para pessoas físicas e jurídicas. Enquanto houve expansão de 3,4% na contratação de crédito total (livre e direcionado) para pessoas físicas, houve retração de 1,4% nas contratações com pessoas jurídicas.
A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de 1,1 p.p. em fevereiro, registrando 36,5% a.a., com aumento de 0,1 p.p. na taxa às empresas (21,5%) e de 1,9 p.p. na taxa às famílias, indo para 48,1%.
No mesmo período do ano passado essas taxas eram respectivamente de 13,8% e 40,1%, refletindo assim diretamente como o ciclo de elevação da taxa básica de juros tem afetado a média de taxas de juros aplicadas no mercado.
Quanto à inadimplência, no que tange a recursos livres, houve estabilidade da taxa na comparação com o mês anterior em 3,3% – no mesmo mês do ano passado era de 2,9%. Houve queda no mês na inadimplência das pessoas jurídicas de 1,6% para 1,5% – ficando menor do que o 1,6% de fev/21. Já a inadimplência da pessoa física teve nova alta, passando de 4,6% para 4,7% – em fev/21 era 4,1%.
crédito sistema financeiro nacional