Na reunião de número 246, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 12,75% ao ano. O aumento foi de 1 ponto percentual e é a décima alta consecutiva da taxa Selic, que chega ao maior patamar em 5 anos.
Conforme o economista e professor Renan Luquini, a tática é para reduzir os riscos de curto prazo, promovendo a ancoragem das expectativas. “Assim ganhando graus de liberdade para mais uma alta em junho, em menor magnitude.”
No entanto, o Comitê afirmou que a Selic deve continuar subindo em 2022, contrariando o que os investidores esperavam: um teto de 12,75% para este ano. Vários fatores forçaram o Copom a chegar ao teto antes da metade do ano.
Contudo, as pressões inflacionárias decorrentes da pandemia se intensificaram com problemas de oferta advindos da nova onda de Covid-19 na China e da guerra na Ucrânia. A reprecificação da política monetária nos países avançados eleva a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos países emergentes. Outro fator determinante para a alta é a inflação ao consumidor que se apresenta acima da meta.
No que isso impacta?
A taxa Selic é a taxa básica de juros. Na prática, significa que é usada como métrica pelo mercado para definir as taxas de juros que serão cobradas em diversos setores.
Entretanto, se ela sobe, é muito provável que as taxas de empréstimo pessoal, financiamentos de automóveis e imóveis, cartão de crédito e o cheque especial, além de retornos de investimentos, também devem subir.
A inflação é a redução do poder de compra do consumidor. É medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Quanto maior for o índice medido da inflação oficial, maior a tendência de aumento dos preços.
O Banco Central eleva a taxa Selic para controlar o IPCA e, consequentemente, a inflação. Esse controle é feito de forma gradual, até que o valor do IPCA consiga atingir a meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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