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Clodoaldo Santos

CEO do Grupo Suprema

Tecnologia X Resistência: o desafio da mudança nas empresas

Tecnologia X Resistência: o desafio da mudança nas empresas

* Por Clodoaldo Santos 

Tecnologia X Resistência: o desafio da mudança nas empresas
Clodoaldo Santos é CEO do Grupo Suprema
Vivemos em uma era em que a tecnologia avança mais rápido do que nossa capacidade de adaptação. Em muitas empresas, especialmente nas pequenas e médias, é comum ver uma barreira invisível, mas muito real, entre a inovação que chega e a aceitação dela pelos colaboradores mais antigos.
A implantação de sistemas de gestão ou novas rotinas operacionais costuma ser recebida com entusiasmo pelos gestores — afinal, promete mais controle, produtividade e segurança nas informações. Mas, na outra ponta, nem sempre é assim. Para muitos colaboradores, especialmente aqueles com mais tempo de casa, essa mudança não é vista como uma melhoria, mas sim como mais uma tarefa para fazer.
A resistência, nesse contexto, não vem de má vontade, mas sim do medo do desconhecido, da quebra da zona de conforto, e muitas vezes, da falta de envolvimento no processo. E é aí que mora o grande desafio: como trazer inovação sem afastar quem construiu a base da empresa?
Alguns caminhos possíveis:
•Envolver o time desde o início: antes de implantar, explique os “porquês”, ouça os medos, e dê espaço para sugestões.
•Treinamento prático e empático: não adianta só mostrar o que o novo sistema faz. É preciso ensinar como ele facilita a vida, na prática.
•Mostrar ganhos individuais: se o colaborador entender que o sistema pode reduzir retrabalho ou simplificar rotinas, a resistência diminui.
•Valorização da experiência: não coloque o novo como algo que vai “substituir” o antigo, mas sim como algo que complementa e melhora.
A tecnologia pode (e deve) caminhar junto com a tradição. O segredo está na forma como a mudança é comunicada, aplicada e conduzida. Implantar um sistema não é apenas apertar “enter”. É mudar mentalidades. E isso, definitivamente, exige mais que software — exige sensibilidade.

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