É preciso maturidade e cultura em Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) para tomar decisões. Os cenários e desafios são dinâmicos e orbitam a nossa existência. Há pressões de todos os lados, de todos os tipos. Nada parece estático, imóvel. Os fatos se sucedem, a vida um caminho sem retorno.
Só precisamos de “motivos”, motivos para a ação ou motivação. Ao tomar decisão, fazemos escolhas e renúncias. Até mesmo a decisão de nada fazer, permanecer inerte sem intervir, é uma decisão. O ‘negócio” é uma negação o “ócio”, ou seja, ação! Parece simples e, ao mesmo tempo complexo. Tomar decisões importantes de maneira automática, intuitiva ou deixando a emoção tomar conta, nem sempre assegura o melhor resultado. Decisões importantes requer tempo para organizar as informações e refletir com relação às escolhas que temos à nossa
frente.
Alcance, Impactos e reflexos. A consequência desse hábito é que frequentemente as decisões são de uma qualidade inferior àquela que seria tomada caso se agisse de uma maneira mais calma, racional e lógica. A pressão, por vezes, induz à erros.
Decidir é algo inevitável e fundamental para nossa existência. Não há uma única ação que tomemos que não seja precedida por uma resolução ou motivo: andar, falar, trabalhar, descansar, comer, viajar, fazer compras… As decisões fáceis possuem pouca liberdade de escolha, consequências de curto prazo, o impacto é baixo e normalmente não afeta terceiros.
Já as decisões difíceis, complexas, têm maior amplitude e ampla liberdade de escolha. Elas geram impactos, reflexos e abrangência diferenciada com consequências de médio a longo prazo e como, por exemplo a escolha de uma profissão. Um jovem saindo do ensino médio tem mais de 2.000 profissões para escolher —imagine um motorista profissional de coletivo de passageiros, um piloto de avião, um “blaster” (especialista na aplicação de explosivos), um policial de elite, um bombeiro militar, ou um médico que escolheram a profissão de maneira equivocada onde uma decisão ou escolha errada pode ser fatal.
Nas funções de gestão, também há decisões difíceis a serem tomadas. Se a Organização se encontrar diante de uma perda importante de pessoas, de mercado, por exemplo, serão necessárias resoluções complexas, estratégicas com mudanças, inovações e objetivos.
Em Segurança e Saúde do Trabalho a maturidade e a cultura prevencionista, são fundamentais para motivar escolhas e decisões assertiva, que assegurem a sustentabilidade do negócio. A OIT – Organização Internacional do Trabalho do qual o Brasil é um signatário, acaba de declarar durante a sessão plenária da Conferência Internacional do Trabalho (CIT OIT – Genebra Suíça), uma resolução para adicionar o princípio de um ambiente de trabalho seguro e saudável aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. De acordo com a Declaração, os Estados membros da OIT, independentemente de seu nível de desenvolvimento econômico, comprometem-se a respeitar e promover esses princípios e direitos, tenham ou não ratificado as Convenções relevantes.
As novas Convenções fundamentais serão a Convenção sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores, 1981 (Nº 155) e a Convenção do Quadro Promocional para a Segurança e Saúde Ocupacional, 2006 (Nº 187). Temos um grande motivo: OIT Inclui Segurança e Saúde do Trabalho aos Princípios e Direitos Fundamentais.
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