Bem-vindos aos termos diferentes, como Employer branding. Para muitos parece que estamos na “era dos novos termos”. Nunca foi tão difícil manter-se atualizado, não pela falta de acesso a informação, mas sim pela falta de tempo em pesquisar tantas áreas diferentes.
Novos termos e conceitos vão muito além de modismo, pois possibilitam uma nova visão das atividades do trabalho. Estar atualizado é um grande diferencial competitivo, uma vigorosa ferramenta para o profissional ativo no mercado. Pensando nisso gostaria de colaborar com esta série para entender os termos da área da comunicação.
Employer branding – em tradução literal marca empregadora. Trata da reputação e imagem desta marca frente a seu público interno, os colaboradores.
Eu sei, o primeiro pensamento que surge ao ouvir isso é: “ah sim, o RH. Já tenho um bom RH”. E sem tirar os méritos de nenhuma equipe ou setor te digo que não é bem isso.
Employer branding faz parte de uma estratégia corporativa para o desenvolvimento da marca. A reputação enquanto marca empregadora atrai colaboradores mais qualificados e engajados e forma um ambiente cultural atrativo, que irá colaborar também na reputação da marca perante seu público externo, o consumidor.
O mercado global emite sinais de que ser “um local bom para trabalhar” tornou-se essencial no mundo dos negócios. Você já deve ter ouvido algo sobre pedidos de demissão em massa nos Estados Unidos ou sobre como em algumas áreas está difícil encontrar funcionários que aceitem o regime CLT. Afinal trabalhar “por conta própria”, fazer seu próprio horário e ser bem pago é possível.
Não se iluda, entregar presentes em algumas datas, chamar os filhos dos funcionários para um dia na empresa e outros atos isolados e sem planejamento não constituem o employer branding.
Um projeto de employer branding tem etapas de curto (3 a 6 meses), médio (1 a 3 anos) e longo prazo (5 anos), precisa envolver lideranças e estar adequado a cultura da empresa. O ideal é que atenda grupos específicos de colaboradores, definido por suas características e interações dentro da empresa.
Uma boa dica é buscar uma consultoria que comece por análises (internas, de mercado), monte um bom plano e pense em toda a comunicação dele. Para que haja uma pessoa dentro da empresa um responsável por esta área, é importante buscar um profissional com afinidade ao marketing e RH. Estes dois setores devem estar envolvidos ativamente neste projeto, assim como demais lideranças, que possam trazer valiosas informações.
Por fim, caso você ainda não esteja convencido de que chegou o momento de investir em employer branding te trago alguns dados sobre como afeta uma marca. A consultoria de recrutamento Robert Half ouviu 1100 profissionais brasileiros em novembro de 2021, as categorias eram recrutadores, empregados e desempregados. O estudo apontou que 49% dos profissionais empregados pretendiam buscar novas oportunidades no próximo ano; 61% pretendiam mudar de empresa (permanecendo na mesma área de atuação); 39% pretendiam ingressar em nova área ou mudar de profissão.
Segundo o Linkedin, uma marca forte chega a reduzir os gastos com processos seletivos em até 43%. E aponta que 96% dos candidatos pesquisam a reputação do potencial empregador antes de mudarem de emprego.
Espero ter colaborado de alguma forma no seu entendimento desta questão. Será que teremos mais empresas colocando employer branding na sua estratégia corporativa?
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