O dia fora do tempo era uma data especial no calendário maia. Os maias tinham uma noção bem alargada do tempo. Para ter uma ideia, 20 b’ak’tuns eram equivalentes a 7.885 anos. Para eles, o 25 de julho era considerado o Dia Fora do Tempo.
A contagem maia de 13 luas de 28 dias tinha como resultado um anel solar de 364 dias. Quando este ciclo se completava, caia no dia 25 de julho, que não entrava nem na contagem do ano passado, nem na contagem do ano futuro. Era o dia fora do tempo, um momento para agradecer a tudo o que vinha e a tudo o que ia, um dia dedicado à evolução da humanidade e ao fluxo da vida.
Baseado neste conceito de tempo e evolução humana, é possível aplicar isso tanto na vida, quanto nos negócios. Para o fundador do movimento Diferenciação Fator X, influenciador com 719 mil seguidores no Instagram, Pedro Superti, o que se pode levar como aprendizado para este dia é a gratidão ao fluxo da vida.
Superti abordou isso na live “Magic Morning”, uma série ao vivo sobre diferenciação que ocorre todos os dias às 7h30min. “O sentimento de débito, disfarçado de gratidão, torna as coisas mais difíceis. A palavra grátis está ligada à gratidão, por isso não existe débito. É o desapego que permite com que as coisas cheguem até nós.”
A reflexão abriu uma série de insights sobre a vida e também sobre o trabalho. Se eu não me desapego daquilo que está comigo, não colaboro com o fluxo natural da vida. E tudo o que sai do fluxo natural, fica estagnado e morre.
Desapego, no dia fora do tempo maia
Quando recebemos algo é porque alguém se desapegou daquilo, seja ela conhecimento, tempo, ou coisas materiais. Só é possível comprar algo, trocar alguma coisa pelo valor em dinheiro, quando essa pessoa está propensa a isso..
Por outro lado, se não há disposição, as coisas não fluem e acabam morrendo com a pessoa. “A fonte da vida e o que dá energia às coisas é o movimento”, disse Superti, com uma imagem do nascer do sol ao fundo.
Se a economia universal gira em torno do fluxo, então quem não estiver aberto a ele, estará fechado para o novo. Nos negócios, é como se você não quisesse mais receber clientes novos, ficando apegado somente aos que detém agora. Mesmo que você queira “deter” seus clientes, se eles vibram com o fluxo do movimento, não ficarão onde há estagnação. “Imagina se todo mundo guardasse o dinheiro no colchão. Acabaria com a economia global.”
No entanto, é claro que isso não se aplica aos destrambelhados gastadores. Aí é fluxo demais (sic). E não há como distribuir mais do que se tem. É tudo questão de planejamento. Se você tem um objetivo e para isso é preciso segurar o dinheiro, isso também está incluso no fluxo do movimento.
Nos negócios, temos que agradecer. Ter em mente que o cliente está disposto a desapegar do dinheiro para receber um outro benefício em troca. Não raro, os empreendedores com mentalidade positiva, entregam o máximo de qualidade daquilo que podem. Muitas vezes entregam além do que foi combinado.
Mas isso surpreende de forma positiva ao cliente. É uma forma de dizer que somos gratos à preferência dele. Bem, é uma troca sim, mas antes de tudo, gratidão, um sinal claro ao universo. Estamos abertos a receber muito, estamos dispostos a oferecer ainda mais, pois nada aqui ficará estagnado. Somos acionistas da gratidão, mas desapegados. Pois essa atitude não espera lucro ou troca. Ela vem ao natural e pelo fluxo universal volta a nós tudo o que nos é de merecimento.