Teutônia pode ser novo destino de empresas afetadas pelas cheias no RS – O município de Teutônia tem sido procurado por muitas empresas que buscam instalar suas unidades de operação no Vale do Taquari. A demanda é por instalações físicas e áreas de terra. Esse movimento pautou reunião na manhã desta terça-feira (21), entre diretores da CIC Teutônia e representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo.
Na ocasião foram tratadas de diversas frentes de atuação no atendimento a essas empresas. O secretário municipal Guilherme Engster compartilhou informações referentes às ações que estão sendo realizadas. A CIC Teutônia também se colocou à disposição para auxiliar e atender as demandas desse movimento migratório empresarial, que contribui para a geração de empregos e renda em Teutônia.
O município também deve lançar, em parceria com o Senai e o Senac, uma gama de treinamentos gratuitos para capacitação da mão de obra, especialmente das pessoas que não estejam trabalhando com carteira assinada no momento, objetivando sanar a necessidade latente por trabalhadores em diferentes áreas.
Outro tema abordado tratou da importância do trabalho de planejamento com base no Plano Diretor, com preparo, olhar estratégico e inovador que contribua para o crescimento da economia teutoniense e recuperação socioeconômica do Vale do Taquari depois das cheias avassaladoras do mês de maio. “Esta troca entre o poder público e privado é de extrema relevância, pensando Teutônia com vários olhos e mãos”, destacada a diretora executiva da CIC, Carina Schulte Bolfe.
Saída em Teutônia: empresas afetadas RS somam mais de 94%
Com mais de 94% de toda a atividade econômica gaúcha tendo sido afetada pelas chuvas, o setor produtivo sinaliza temer pela sobrevivência das empresas — principalmente dos pequenos e médios negócios. Também indica a necessidade de medidas semelhantes às vistas na pandemia para auxiliar empresas no processo de recuperação e na manutenção do emprego no estado.
Desde o início da tragédia, tanto o governo do estado quanto o federal anunciaram injeção de recursos e medidas para auxiliar as famílias e os empresários no processo de retomada.
Demandas do setor produtivo
Apesar de as iniciativas anunciadas serem vistas como positivas, representantes da indústria e do comércio reforçam a necessidade de medidas voltadas para recuperar os polos empresariais e manter o nível de emprego no estado.
“Ainda estamos na fase de acolhimento e de abrigo de pessoas, mas temos que pensar que logo em seguida virá a recuperação. E para isso estamos trabalhando fortemente com o governo, em busca de legislações parecidas com aquelas que aconteceram na pandemia”, afirmou o presidente da Fecomercio-RS, Luiz Carlos Bohn.
De acordo com os executivos do setor produtivo, elas envolvem a flexibilização do mercado de trabalho, com o adiantamento das férias, a redução da jornada, a possibilidade de suspensão de contratos e de compensação futura do banco de hora, entre outros.
“Temos muitos pequenos negócios atingidos e o setor terciário perdeu muita força. E uma das grandes preocupações que temos nesse momento é como vamos manter as pessoas empregadas. Teremos muita dificuldade se não houver novas políticas públicas nesse sentido e empréstimos com recursos a fundo perdido”, completa Bohn.
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