JBS lança curso para empreendedoras do agronegócio – A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, lançou no Rio Grande do Sul a primeira edição do Programa Mulheres SuperAgro, um curso de empreendedorismo para o agronegócio realizado em parceria com o Sebrae e com a Ourofino Saúde Animal. A iniciativa pioneira tem como principais objetivos oferecer ferramentas de gestão, incentivar o autoconhecimento e empoderar as produtoras integradas de aves e suínos que fazem parte da cadeia de abastecimento da Seara.
A primeira edição do projeto está promovendo a capacitação de 30 produtoras integradas da Seara que atuam em negócios agrícolas familiares nas cidades gaúchas de Trindade do Sul, Passo Fundo, Montenegro e Seberi. O programa terá duração de nove meses, até maio de 2024, e é organizado em quatro eixos temáticos: autoconhecimento, sustentabilidade, empreendedorismo e capacitação técnica. Para cada pilar, foram elaborados módulos com conteúdos específicos, totalizando 10 aulas, presenciais e à distância. As aulas in loco estão sendo realizadas em Passo Fundo (RS).
A primeira aula do programa, realizada em setembro, foi focada em conteúdos voltados para o autoconhecimento das mulheres produtoras, nos quais elas receberam informações de como identificar o perfil de cada uma e extrair a sua melhor versão em benefício dos seus empreendimentos. Já no segundo encontro, os temas abordados incluíam ferramentas de ESG, com foco na gestão nos âmbitos social, ambiental e econômico dos negócios.
O terceiro encontro, aconteceu no dia 30 de novembro, e contou com a presença de Joanita Maestri Karoleski, presidente do Conselho de Administração do Fundo JBS pela Amazônia e ex-presidente da Seara, que comandou um painel sobre liderança feminina e ferramentas de gestão. Outra convidada especial foi a produtora Luciana Dalmagro, diretora de Avicultura da Fazenda Alta Conquista e vencedora do Prêmio Mulheres do Agro em 2022.
O diretor-executivo de Agropecuária da Seara, José Ribas Junior, também esteve presente e abordou a importância do projeto para a Seara, iniciativa que vai ao encontro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). “A Seara tem muito orgulho da sua plataforma SuperAgro, e agora a gente está dando um passo adiante com esse importante projeto”, afirma o executivo.
Liderança feminina
O aumento da presença feminina em posições de liderança no agronegócio é evidenciado por números recentes. De acordo com os últimos censos no setor realizados pelo IBGE em 2006 e 2017, a liderança feminina aumentou 13% em um período de 11 anos. Indo ao encontro deste dado, a Seara aplica uma pesquisa anual para levantar o índice anual de sustentabilidade entre os produtores integrados da empresa. No último ano, o levantamento apontou que 41% das propriedades já são gerenciadas ou lideradas por mulheres.
As 30 participantes da primeira edição foram convidadas pela Seara com base nos seguintes critérios: atuar nos segmentos de suinocultura ou avicultura e exercer um cargo de liderança na propriedade. A produtora Aline Bordin é um bom exemplo desta mudança no perfil do agronegócio brasileiro. Uma das participantes do novo programa, Bordin gerencia há 8 anos o negócio criado pelo seu pai, fundado em 2000, e comenta que o projeto está superando em muito a expectativa inicial que ela tinha quando foi convidada a participar.
“Os encontros estão sendo maravilhosos. Os conteúdos são excelentes e conseguimos realmente aplicá-los na prática da gestão do nosso negócio. Estamos recebemos ferramentas que nos auxiliam a melhorar todos os nossos processos”, destaca Aline. A família Bordin atualmente conta com quatro aviários que produzem matrizes de ovos para a produção de aves, localizados no município de Estação (RS).
O empoderamento e representatividade feminina também se fazem presentes nos módulos do programa. Aline complementa que as palestrantes, além de importante fontes de conhecimento, são mulheres inspiradoras. “Elas nos passam muita informação, confiança e são verdadeiros exemplos em quem podemos nos espelhar para buscar nosso crescimento pessoal e profissional. Em suas palestras elas realmente nos mostram o caminho para sermos a nossa melhor versão”, finalizou a produtora.
A especialista de Sustentabilidade da Seara, Pauline Bellaver, explica que o propósito do Mulheres SuperAgro é abordar questões que influenciam na administração das propriedades no dia a dia, como rotinha de trabalho, gestão de funcionários, questões tributárias e jurídicas e bem-estar animal. “O programa foi cuidadosamente elaborado para oferecer suporte e ferramentas para que elas desenvolvam ainda mais os negócios de suas famílias, de forma cada mais sustentável e ampliando a qualidade e bem-estar que a JBS promove entre seus produtores integradas”, afirmou.
JBS e o curso para empreendedoras do agronegócio
O Programa Mulheres SuperAgro é gratuito para os participantes e faz parte de um conjunto de ações do SuperAgro, projeto de relacionamento com os integrados desenvolvido pela Seara. Para 2024, a expectativa da área de Sustentabilidade da Seara é levar a iniciativa para outras regiões do País onde o negócio tem operações.
“A liderança feminina dentro no agro já é uma realidade e, mais do que isso, as mulheres vêm conquistando posições de destaque na gestão das cadeias, com algumas propriedades tendo os melhores indicadores de eficiência da produção. O Programa Mulheres SuperAgro vem para consolidar isso e disponibilizar mais ferramentas às lideranças femininas para que a gente possa seguir essa jornada, no qual todos têm espaço de cumprir o seu papel para transformar o agro da Seara no melhor agro do mundo”, afirma Ribas.
Sobre a JBS no RS
A JBS possui operação em 22 cidades do Rio Grande do Sul, entre fábricas, centros de distribuição e granjas das unidades de negócios Seara, Excelsior e JBS Couros. Conta com mais de 18 mil colaboradores em todo o Estado e mais de 2.500 produtores rurais integrados. Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a JBS e as cadeias produtivas ligadas a ela no Rio Grande do Sul movimentaram, em 2020, o equivalente a 1,6% do PIB gaúcho e a Companhia contribuiu para a geração de 2,7% dos empregos do Estado.
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