Bolsas mundiais caem após PIB da China abaixo do previsto. Os índices futuros dos EUA e bolsas da Europa operam com baixa em sua maioria. A mesma direção de fechamento que os mercados asiáticos fecharam nesta segunda-feira (17).
Os investidores globais digerindo o produto interno bruto (PIB) da China abaixo do esperado, em semana marcada por balanços de grandes empresas americanas e dados do varejo e indústria nos EUA. No Brasil sai o IBC-Br de maio.
A economia da China cresceu 6,3% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, abaixo dos 7,3% previstos por pesquisa da Reuters. Isto aumentou as preocupações com a recuperação da segunda maior economia do mundo.
Já a temporada de resultados nos EUA ganha força esta semana com resultados de grandes instituições financeiras, como Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs. As gigantes da tecnologia Tesla e Netflix também vão soltar seus números nesta semana.
Por enquanto, no Brasil, investidores aguardam pela divulgação do IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, considerado um proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O Itaú prevê uma contração de 0,4% em maio na comparação com abril. A agenda também traz a variação medida pelo IGP-10, com o Itaú prevendo deflação de 1,07%.
No campo corporativo, a mineradora Vale divulga amanhã (18) o relatório de produção e vendas do segundo trimestre de 2023.
Os índices futuros dos EUA operam com queda nesta manhã de segunda-feira, enquanto Wall Street está se preparando para o que será uma temporada sombria com lucros mais baixos. Os analistas preveem um recuo de mais de 7% nos ganhos do S&P 500 em relação ao ano anterior, de acordo com a FactSet.
Com relação a política monetária, os investidores antecipam uma chance de quase 97% de que o banco central aumente as taxas de juros no final deste mês, após interromper os aumentos em junho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro (EUA), -0,15%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,04%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,03%
Ásia
Bolsas mundiais: mercado e PIB na China
O produto interno bruto da China no segundo trimestre cresceu 6,3% em relação ao ano anterior, abaixo das expectativas em comparação com a previsão de 7,3% de analistas consultados pela Reuters.
A taxa de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos, por sua vez, atingiu 21,3% em junho, um novo recorde.
Contudo, o banco central da China manteve suas taxas de empréstimo de médio prazo inalteradas em 2,65%, depois que o Banco Popular da China lançou 103 bilhões de yuans (US$ 14,43 bilhões) em empréstimos de médio prazo de um ano a essa taxa.
O PBOC também realizou uma operação de recompra reversa de 33 bilhões de yuans por meio de recompra reversa de sete dias, a uma taxa inalterada de 1,9%.
Os mercados de Hong Kong estão fechados nesta segunda-feira devido a um alerta emitido para o tufão Talim.
Shanghai SE (China), -0,87%
Nikkei (Japão), -0,09%
Hang Seng Index (Hong Kong), fechado
Kospi (Coreia do Sul), -0,35%
ASX 200 (Austrália), -0,06%
Europa
Os mercados europeus registram perdas generalizadas nesta segunda-feira, com destaque para queda de 8,6% das ações da varejista suíça de luxo Richemont, depois que seus números de vendas mostraram uma desaceleração na demanda dos EUA, embora uma recuperação significativa na Ásia.
No entanto, o mercado vai acompanhar novos discursos de Christine Lagarde, presidente do BCE, a respeito do futuro da política monetária na zona do euro, em uma conferência do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, na Alemanha.
A temporada de resultados também ganha tração na Europa, com os resultados da Novartis, Ocado e ASML.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,30%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,95%
FTSE MIB (Itália), -0,10%
STOXX 600, -0,45%
Commodities
Os preços do petróleo opera com alta após abrir em forte baixa, com traders repercutindo o PIB da China abaixo das expectativas.
Na Rússia, as exportações de petróleo dos portos ocidentais devem cair cerca de 100.000 a 200.000 barris por dia (bpd) no próximo mês em relação aos níveis de julho, um sinal de que Moscou está cumprindo sua promessa de novos cortes de oferta em conjunto com a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disseram duas fontes ouvidas pela CNBC.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com baixa na sessão hoje, também repercutindo dados da segunda maior economia do mundo.
Petróleo WTI, -1,60%, a US$ 74,21 o barril
Petróleo Brent, -1,57%, a US$ 78,62 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 0,89%, a 832,50 iuanes, o equivalente a US$ 116,13
Na terça-feira, saem os números do varejo e da produção industrial dos Estados Unidos. Para o primeiro, os economistas projetam um crescimento de 0,5% na comparação com maio. Para a indústria, a expectativa é de estabilidade, após um mês de contração.
O índice HICP, que mede os preços ao consumidor da zona do euro, referente ao mês de junho, será divulgado na quarta-feira (19) e o consenso Refinitiv aponta para uma variação positiva de 0,3% em relação a maio e de 5,5% em bases anuais.
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