Pesquisa do Atacado da Fecomércio-RS revelou o panorama atual do segmento para o Rio Grande do Sul

Apesar da expectativa de novas altas de preços, atacado está otimista quanto as vendas nos próximos seis meses
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Clean and organized stock in a warehouse

 

Durante os dias 23 de fevereiro e 17 de março de 2022, a Fecomércio-RS realizou a primeira de duas rodadas anuais da Sondagem de Segmento Atacadista.

No total, foram realizadas 385 entrevistas em todo o Estado. Nesta rodada da pesquisa, mais uma vez, as empresas foram questionadas a respeito do impacto da crise do coronavírus sobre os negócios.

Com relação ao tempo de funcionamento, a amostra foi composta, com uma frequência de 36,9%, em ambos os casos, por estabelecimentos de 3 a 5 anos de existência e de mais de 10 anos de existência.

Confrontados pela crise do coronavírus, 12,2% relataram melhora no nível de vendas em relação ao período pré-crise, sendo que a resposta mais frequente (73,8%) foi a que declara o nível como “igual”.

Contudo, em 68,3% não foi implementada nenhuma medida que mitigasse as perdas, e nos casos em que alguma atitude foi tomada destacaram-se a divulgação on-line dos produtos (54,1%) e as promoções (22,1%). No que diz respeito ao financiamento do negócio durante este período, na maioria dos casos (82,1%) os respondentes afirmaram que o negócio se autofinanciou, com as receitas custeando a totalidade das despesas.

Em 9,6% dos casos a empresa utilizou capital próprio e 8,3% buscaram empréstimos. Com relação àqueles que tomaram empréstimos, 28,1% afirmam estar tendo dificuldades para quitar as dívidas.

Além desses aspectos, a pesquisa apontou que 70,4% dos respondentes sofreram com o aumento de custos de aquisição de mercadorias.

Entre os respondentes, 44,9% afirmou ter dificuldades pontuais de aquisição de estoques de alguns produtos e com alguns fornecedores e 16,9% afirmaram que estão tendo dificuldades generalizadas.  Quando comparam as dificuldades em repor estoques com o início de 2021, a grande maioria (73,9%) caracterizam estas como “iguais”, 18,9% como menores ou muito menores, e 7,1% como maiores e muito maiores.

Apesar das dificuldades, o ritmo de vendas foi enquadrado como pelo menos bom em 76,9% dos casos. Além disso, o volume de vendas em relação ao pré-pandemia é igual para 73,8% e melhor ou muito melhor para 12,2%. Quanto à dinâmica dos preços, 49,9% espera que os preços praticados pelo atacado no seu segmento permaneçam estáveis, enquanto 43,6% esperam que os preços aumentem. “Já estávamos vivendo um momento inflacionista no mundo todo. A guerra na Ucrânia gerou ainda mais pressão ao impulsionar ainda mais as commodities. A tendência recente do câmbio pode amenizar um pouco essa alta”, completou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Mesmo nessa conjuntura, a expectativa por parte de 74,5% dos entrevistados é de que seu volume de vendas melhore nos próximos meses.