CIC Teutônia fecha ciclo de almoços empresariais de 2024

Economista-chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes destacou os principais indicadores da economia, o momento do ciclo econômico global e os seus reflexos na economia brasileira, além de cenários e perspectivas para os principais mercados.
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CIC Teutônia fecha ciclo de almoços empresariais de 2024
Foto: Leandro Augusto Hammester/Divulgação

CIC Teutônia fecha ciclo de almoços empresariais de 2024 – A CIC Teutônia realizou a última edição do Almoço Empresarial de 2024. Tendo por local o Auditório 03 da entidade, o evento contou com palestra do economista-chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes. Na ocasião ele destacou os principais indicadores da economia, o momento do ciclo econômico global e os seus reflexos na economia brasileira, além de cenários e perspectivas para os principais mercados, variáveis econômicas e financeiras.

Na abertura do evento o presidente da CIC, Renato Lauri Scheffler, valorizou a temática. “Empresários querem trabalhar, crescer e evoluir. Para que isso ocorra não podemos ficar presos às questões políticas, mas ficar atentos ao que está acontecendo no mercado e de que forma esses movimentos nos impactam”, disse, desejando um novo ano de realizações.

Nunes trouxe um panorama econômico global, nacional e estadual. Entre os indicadores apresentados, falou sobre a valorização da moeda americana. “O Dólar voltou a valorizar. A projeção da taxa de câmbio no fim de 2024 é de R$ 6,00, enquanto que a expectativa para o fim de 2025 é de R$ 5,60”, disse. Acrescentou que, no curto prazo, a economia brasileira está aquecida, com crescimento em cerca de 3% e taxa de desemprego próxima da mínima histórica. “O risco está na aceleração da inflação, persistentemente acima da meta, e crescimento da dívida pública. O IPCA deve fechar 2024 e 2025 em 4,8%, e para o longo prazo, de 2026 e 2027, trabalhamos com IPCA abaixo de 3,5%”, enumerou.

O PIB brasileiro para o atual exercício é estimado em 3,3%, desacelerando para uma alta de 1,8% em 2025 e 2026. “O crescimento surpreende desde o fim da pandemia, mas a ociosidade está se esgotando e pressões inflacionárias aparecem”, afirmou, citando fatores estruturais e conjunturais para esse contexto: ciclo de reformas (trabalhista e previdenciária), concessões e privatizações, desenvolvimento do mercado de crédito privado, flexibilização da política monetária, mercado de trabalho aquecido e política fiscal expansionista.

A projeção da taxa básica de juros da economia brasileira é de no mínimo 14,25%, o que se apresenta como piso para 2025. “Essa taxa Selic mais elevada deve atenuar o crescimento da carteira de crédito. A inadimplência é ponto de atenção por conta do elevado endividamento e comprometimento da renda das famílias”, alertou Nunes.

Para o Rio Grande do Sul, a projeção do PIB é de crescimento de 3% em 2025, ainda com a recuperação pós-inundações. “O Estado crescerá mais que o Brasil em 2025 pela base de comparação menor na indústria e nos serviços. Agropecuária pode ter desempenho um pouco mais fraco”, adiantou o economista.

Por outro lado, a taxa de desemprego, após pequena elevação no segundo trimestre, voltou a cair no RS, Porto Alegre e Região Metropolitana. “Passado o efeito das enchentes, o mercado de trabalho gaúcho deve seguir o ciclo econômico nacional, que aponta para uma pequena elevação da taxa de desemprego”, estimou.

CIC Teutônia fecha ciclo de almoços empresariais de 2024