A economia na 1º semana de Copa do Mundo no Qatar. Neste domingo, dia 20 de novembro de 2022, ocorreu a estreia da Copa do Mundo do Qatar 2022, num período incomum para a realização do maior campeonato do futebol mundial. Nos próximos 30 dias, todos os olhos estarão focado no mundo da bola.
No entanto, é preciso manter os olhos atentos para o ambiente econômico, já que nossas vidas “não param”. A 1º semana de Copa terá alguns eventos econômicos a serem acompanhados, que influenciam o ambiente brasileiro.
Primeiramente, é preciso ficar atento ao seguimento da negociação da PEC de Transição do novo governo. Algumas fontes indicaram neste domingo que o governo está disposto a furar o Teto de Gastos em “apenas” 70 bilhões de reais.
Essa notícia traz certo alívio ao mercado, pois o “furo” especulado de mais de 200 bilhões era tratado como desastre, devido ao alto risco orçamentário que traria ao governo federal.
Será interessante acompanhar o movimento da bolsa de valores com os desdobramentos dessa nova informação.
Também teremos a divulgação do IPCA-15, uma prévia do índice inflacionário brasileiro. Ele é utilizado com um termômetro da inflação e tem essa nomenclatura por ser publicado no meio do mês.
O resultado é importante para os investidores e para a população em geral. Para os investidores, ele altera a configuração da curva de juros, ou seja, a expectativa do mercado frente a esse indicador econômico.
Assim, caso a previsão da inflação venha pior que o esperado, pode-se esperar uma queda na bolsa de valores e nos títulos de renda fixa pré fixados. Junto a isso, a população já está saturada de aumento de preços e qualquer percentual adicional pode pesar muito nas contas familiares, principalmente para as classes C e D.
A bolsa e as empresas gaúchas durante a Copa do Mundo no Qatar
Seguindo o acompanhamento das empresas gaúchas na Bolsa de Valores, nessa semana comentarei sobre o resultado da SLC Agrícola no 3º trimestre de 2022.
Desde a divulgação de seus resultados no dia 4 de novembro, as ações da empresa caíram 10%. Muito disso devido a queda conjuntural das ações junto às incertezas frente ao novo governo brasileiro, já que o resultado da companhia não foi espetacular, mas longe de ter sido ruim.
Quanto ao resultado da companhia, a empresa teve um trimestre positivo no lado da soja, mas negativo quanto a produção de algodão e milho, pois houveram intempéries climáticas nas áreas dessas culturas. Mesmo assim, a empresa apresentou crescimento de receita superior a 40% frente ao mesmo período do ano passado e registrou prejuízo no trimestre por causa de uma questão contábil (em alguns momentos, o resultado contábil das empresas pode diferir do resultado “real”, tendo em vista algumas regulações).
Os preços da soja, do milho e do algodão no mercado internacional tiveram uma queda recentemente, mas continuam em patamares atrativos. Com isso, a empresa já começou a plantio para a próxima safra e tem expectativa de resultados positivos novamente.
Economia Copa Mundo Qatar