Violações de dados geram perda de 18% no PIB nacional

Estudo elaborado pelo Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) mostra impactos preocupantes dos custos de violações de dados no desemprego, massa salarial e produtividade. Pequenas empresas são as mais afetadas com 60% encerrando atividades.
Violações de dados geram perda de 18% no PIB nacional
Imagem gerada por Inteligência Artificial

Violações de dados geram perda de 18% no PIB nacional – O INCC (Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime) divulgou o estudo “O Impacto Econômico das Violações de Dados na Economia Nacional com foco nas PMEs”. O conteúdo mostra os mais diferentes e complexos impactos econômicos para empresas de todos os portes, em especial, para as pequenas e médias. As análises levantaram perdas significativas de empregos, massa salarial e produtividade. Anualmente, o PIB fica 18% menor devido ao prejuízo causado pelas violações de dados. O cenário gera perda potencial de até 43% em renda salarial e 2,3% de empregos no Brasil.

Em relação às PMEs, cada violação de dado pode causar a eliminação de até 34 empregos, o que representa anualmente uma perda de até 2% dos empregos do país, e de US$ 2,01 milhões em massa salarial. Isto se deve ao fato de que uma violação atingindo as PMEs custa a economia em média 2,57 milhões de dólares, correspondendo à 272 dólares por registro violado. Não por acaso, 60% dos golpes cibernéticos no Brasil são direcionados a empresas de pequeno porte, que não contam com estruturas tão robustas para enfrentar ameaças desse tipo. Essa realidade é ainda mais grave quando se considera que 60% das empresas afetadas encerram atividades nos seis meses seguintes ao ataque.

Investimentos em cibersegurança

A pesquisa elaborada pelo INCC avaliou os ganhos potenciais que o aumento dos investimentos em segurança cibernética pode produzir sobre a economia brasileira. A cada 10% de aumento nos investimentos atuais em segurança cibernética pode-se gerar até US$ 1,244 bilhão em termos de reflexos positivos no PIB, gerando 14.007 empregos e US$ 1,051 bilhão em renda (massa salarial) para os trabalhadores.

“Os resultados que obtivemos nessa pesquisa ressaltam que aumentar o investimento em segurança cibernética é importantíssimo para as empresas e para a própria economia brasileira. Enquanto uma única violação pode trazer grandes prejuízos e oportunidades perdidas, cada real investido em cibersegurança é capaz de gerar retornos positivos. Isso deixa clara a necessidade de novas políticas públicas que fortaleçam as respostas das empresas diante desses desafios, com especial atenção às PMEs, que são ainda mais vulneráveis”, analisa Luana Tavares, fundadora e CEO do INCC.

Sobre o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime – INCC

O Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) foi fundado em 2023 com o propósito de colaborar para a promoção de um ambiente digital mais seguro para todos. Com atuação apartidária e independente na construção de projetos, pesquisas, parcerias e ações de advocacy, tem o compromisso de promover conscientização, prevenção e respostas eficazes a ameaças digitais, capazes de garantir o efetivo enfrentamento dos problemas relacionados à cibersegurança e aos cibercrimes no Brasil. O instituto tem firmadas alianças estratégicas, interlocuções e cooperações técnicas com entidades nacionais e internacionais que atuam na temática da segurança cibernética, no combate a crimes digitais e às organizações criminosas. Entre elas estão: Gabinete de Segurança Nacional da Presidência da República (GSI), Polícia Militar do Estado de São Paulo, Polícia Civil da Cidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, FIESP, FecomercioSP, Febraban, CNI, GASA (Global Antiscam Alliance), entre outras. Mais informações no site https://incc.org.br/.

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