Regras de marketing durante a Copa do Mundo no Qatar. Como todo mercado em expansão o digital trouxe muitas pessoas afoitas para o marketing. Dicas mágicas, infalíveis propagadas por gurus com grandes perfis em redes sociais, distribuindo “hacks” – atalhos de crescimento. Neste contexto muitos erros são cometidos.
As grandes empresas contam com equipes qualificadas e preparadas dentro dos parâmetros adequados da publicidade. Porém os pequenos negócios com a pressão de estar no digital acabam fazendo milagres com seu orçamento e se tornam suscetíveis a acreditar em falácias ou métodos sem comprovação.
Veja bem, temos profissionais incríveis e qualificados com bons conteúdos de aprendizado, porém o difícil é separar o joio do trigo. Ainda mais para o empreendedor que precisa dar conta de todas as áreas do seu negócio.
Para quem contrata um social media ou uma equipe, minha dica é: escute-os. Não jogue seu dinheiro fora, eles sabem o que fazem. De nada adianta contratá-los e pedir que copiem post’s da concorrência ou se utilizem da imagem de famosos para chamar a atenção nas mídias sociais.
Durante a Copa do Mundo o varejo entra em festa, não só pela torcida, mas pelo aquecimento das vendas. O alerta está em seguir as regras de marketing da Copa do Mundo 2022, estabelecidas pela FIFA.
Existe uma série de proibições sobre o uso de elementos gráficos, visuais e verbais relacionados ao evento. As regras servem para proteger a imagem e a reputação de um evento mundial. A organização criou o Guia de Propriedade Intelectual, onde a organização demonstra formas legítimas de realizar comunicações com fins comerciais.
Marketing na Copa do Mundo no Qatar
Em suma adianto aqui que é proibido usar para fins comerciais: as hashtags oficiais da Copa nas redes sociais, o emblema oficial, a imagem do mascote oficial e seu nome, a imagem do troféu oficial, as marcas corporativas da FIFA, a estética visual do evento, o escudo da CBF, a camiseta da seleção brasileira, imagens dos jogadores ou jogos, e até mesmo o termo “seleção brasileira”.
Sobre os memes gostaria de lembrar que são uma brincadeira da internet e desde que não sejam preconceituosos não são condenáveis, entretanto a grande maioria deve ser adaptada para uso comercial. Por exemplo, se durante a copa algum jogador “virar meme” não há problema nisso. O problema seria utilizar-se sem autorização da imagem deste jogador para vender, pois é passível de ações judiciais. Assim como o ator Caio Castro está processando empresas que utilizaram sem autorização memes com sua imagem, sobre a polêmica sobre não pagar a conta, para vender produtos.
Em suma, se a sua empresa optar por utilizar esta data nas estratégias de marketing, tome cuidado. Ouça os profissionais da área, leia o Guia de Propriedade Intelectual e busque alternativas corretas de fazer isso. Afinal de nada vale jogar no lixo a reputação da sua marca por um lucro sazonal.