Setor de beleza e cosméticos investem e usam mais as redes sociais para vender no Brasil

Estudo da TOTVS mostra que 81% dos varejistas deste segmento possuem canais de venda no Instagram/Facebook e 50% fazem uso de sistemas para gestão de relacionamento com o cliente
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O uso das redes sociais como um canal de vendas explodiu no Brasil nos últimos dois anos, mas dentre todos os setores da economia, o de Beleza e Cosméticos se destaca. Quem afirma isso, é o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo. Conforme estudo elaborado pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, 81% dos varejistas  estão no Facebook e Instagram.

As redes sociais estimulam o culto à beleza e a promoção da imagem, e consequentemente o consumo de produtos voltados para essa finalidade. Afinal, o levantamento aponta que o varejo de Beleza e Cosméticos é um dos que mais investe em Customer Relationship Management (CRM). Trata-se do conjunto de práticas, estratégias de negócio e tecnologias focadas no relacionamento com o cliente.

Metade dos entrevistados afirmam adotar este tipo de ferramenta que registrou alta de 6,5% em vendas no primeiro trimestre de 2022, comparado ao mesmo período de 2021. Assim afirma a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Além de plataformas de relacionamento, as redes sociais são ferramentas de exposição e promoção de imagem. Por isso, o segmento de Beleza e Cosméticos especificamente tem a facilidade de conseguir melhores resultados. O uso dos recursos de imagens e vídeos para estabelecer sua marca geram maior reconhecimento e fidelização. “Sem dúvida um ponto muito positivo para o investimento na estratégia omnichannel”, afirma Elói Assis, diretor executivo de produtos de Varejo da TOTVS.

Outro ponto que chama a atenção é o perfil de negócio do segmento. O estudo avaliou que 69% dos varejistas de Beleza e Cosméticos fazem parte de uma rede entre as maiores varejistas abordados pelo IPT. “Esse é um fator que influencia positivamente na produtividade das empresas, uma vez que a gestão executiva possui um olhar mais analítico e estratégico, investindo maior capital em tecnologias e ferramentas que impulsionam os negócios”, destaca Elói.

 

Empresa familiar de belezas e cosméticos presentes nas redes sociais

Porém, ficou abaixo o desempenho geral do segmento no IPT, que também avalia o uso de sistemas integrados de gestão e soluções tecnológicas. Tais técnicas aumentam a performance, mas neste formato ficou abaixo da média geral do Varejo, registrando 0,37 pontos — em uma escala de 0 a 1. A média geral foi de 0,43.

Este desempenho abaixo se explica pelo fato de que apenas um terço das empresas desse setor têm altos níveis de digitalização de processos (28%) e automatização da operação (31%). “É um setor com grande número de empresas familiares que decidem investir na atividade, mas que se concentram primeiro no controle das vendas, em comprar bem e vender com o melhor preço e o mais rápido para possível”, explica o executivo.

Para a construção do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo foram realizadas 673 entrevistas, considerando empresas nacionais e multinacionais, com faturamento igual ou superior a R$2 milhões em todas as regiões do país. Entre o público, foram ouvidos varejistas de diversos segmentos, com a representação de 8% de estabelecimentos de Beleza e Cosméticos.

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Fonte: cosmeticinnovation