Lajeado – A 20° Convenção do CDL reuniu empresários para despertar insights de liderança e corporativismo aliados à tecnologia.
Para o presidente do CDL Lajeado, Heinz Rockenbach, foi um momento importante para o relacionamento com outras entidades do estado. “A crise é hora de pensar diferente, sair da caixa, inovar e se reinventar.”
De acordo com a diretora da empresa Ano 3 Viagens, Simone Amanda Boni, o sorteio de duas viagens à Dubai ampliou ainda mais o evento.
Diante da crise sanitária no mundo, surgiu a empresa que primeiro se dedicou a ajudar quem estava preso fora do país para voltar a sua casa.
Muitos estavam em Portugal, África, Dubai e puderam regressar por meio da empresa que nasceu na crise. “A agência trabalha com milhas e é competitiva no mercado internacional. Participar de um evento como esse é mostrar nosso potencial para muita gente.”
Esteve presente no evento o diretor no Instituto Napoleon Hill de Lajeado, integrante da diretoria do CDL, Gustavo Bozetti.
Para ele, é preciso quebrar o mito de que a tecnologia é quem dita as regras do jogo. “Ainda é preciso fazer o básico bem feito.”
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Insights aos empresários do CDL
A sequência de palestras começou com o coordenador de varejo do Sebrae RS, Fabiano Zortéa. Ele acordou que a venda na loja física depende de uma boa performance digital.
“O grande desafio agora, seja pela interação que tu tem pelo teu cliente no whatsapp ou no Instagram, frequência narrativa, qualidade de comunicação para que o cliente perceba uma possibilidade de oferta.”
No entanto, existem passos antes do Metaverso. Afirma que a loja física está performando muito bem no país, pois 89% das vendas ainda são das lojas físicas. “O que mudou na Pandemia é que a motivação para venda começa no digital e termina na loja física. É por isso que o varejo é híbrido.”
Zortéa participou da maior feira de varejo do mundo, a NRF Big Show e trouxe experiência.
Para ele, é preciso ouvir a geração Gen Z (nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010).
“Os nativos digitais têm o foco no capitalismo consciente, que gera a venda depois de ter feito algo genuíno à sociedade”, afirma.
Para Zortéa, a geração Z escolhe a marca pela responsabilidade social. Tem que ser realmente sustentável e ter um plano ESG (Environmental social and corporate governance).
Após a Pandemia da Covid-19, as vendas locais, nos próprios bairros, cresceram 88%. Um sinal de alerta à oportunidade.
Um dos principais insights foi ouvir e sentir a necessidade do mercado, do cliente. “É preciso fazer o mapeamento da jornada de consumo. Tem que estudar o mercado, pois ele muda e está mudando.”
Parcerias de grandes marcas como a Starbucks e a Volvo surpreendem e geram experiência. A Brompton Bikes, por exemplo, estudou o mercado mobiliário para saber onde as pessoas guardavam as bicicletas. Então, fabricou as bicicletas dobráveis.
Outro exemplo de mudança é o Barber Truck Sair Alfred que leva a barbearia até o condomínio. “Ninguém fala o que precisa melhorar se você não se comunicar. As pessoas simplesmente trocam de marca.”
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Economia Prateada: acima dos 60 anos somam mais de R$ 1 trilhão no país
Na segunda palestra do evento, o especialista em consumidor sênior, Martin Henkel descortinou as possibilidades do consumo maduro.
Apontou a renda deste público que ultrapassa R$ 1 trilhão no país. No Rio Grande do Sul, este consumidor representa 20%. Na região, está economia representa quase R$ 1 bilhão.
O consumidor Boomer são mais de 15,4 mil no Vale do Taquari e 54% tem Facebook.
Henckel mostrou o Aging in Marketing: uma forma de estudar o público de consumo. “É preciso diminuir o som agudo, priorizar cores mais fortes, fontes maiores, sem serifa, etc.”
Atentar aos erros de planograma de vendas. Os produtos não devem estar em prateleiras altas. E o atendimento deve ser especial, pois o consumidor sênior não tem atenção dividida.
Economista-chefe do CDL POA alerta para gestão de estoques do varejista
O economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank abordou os reflexos da guerra na Ucrânia, os desafios e oportunidades pós-pandemia e a interferência das eleições nos negócios.
Ele afirma que as projeções econômicas para o Estado são pouco atrativas. O Rio Grande do Sul está na última posição em crescimento econômico do país. Enquanto outros estados beiram uma tímida alta de 0,6%, o estado fecha em queda de -6,6%. Uma das principais preocupações é a produção de soja que tem uma projeção de queda de -58%.
“Vai um alerta aos empresários, principalmente aos lojistas do varejo. Se atentem à gestão de estoque. Não tem muita margem de erro no segundo semestre.”
Mesmo com o impacto positivo na liberação dos saques do FGTS, isso não deve se refletir nós próximos seis meses.
Lasaro do Carmo Junior dá choque de energia e inovação
Você tem um dia ocupado ou um dia produtivo? Ou você está convicto do que quer ou está fora, incluindo chefes e presidentes. Esta foi a tônica da palestra do executivo e sócio de diversas corporações, o ex-diretor da Jequiti, Lasaro do Carmo Jr.
Convicto do marketing 360, afirma que está é a regra número 1 do dono. A inovação na forma de pensar está muito arraigada no básico bem feito. Antes de pensar no Metaverso, é preciso analisar a excelência nos produtos e serviços.
“O mundo vive de histórias construídas baseadas em ousadia e inovação. Não contrato ser humano que quer qualidade de vida. É o que você faz 14 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano que ganha o jogo.”
O empresário parafraseou Marco Aurélio quando disse que a vida está mais para a luta do que para dança.
Apontou cases de sucesso, quando foi preciso demitir o chefe e o presidente de algumas corporações. Isso para que pudesse inovar e entrar em outro nível de competição.
Para isso, os investimentos de uma empresa devem estar ancorados no capital intelectual dos pratas da casa. “Não se muda cultura de uma empresa sem mudar as pessoas. Quem te trouxe até aqui não te leva adiante.”
Lasaro do Carmo foi vice-presidente do Grupo Sílvio Santos e afirma: tem que treinar e capacitar o pequeno, pois a educação com experiência é um bom negócio.
Adepto do Darwinismo corporativo, relaciona o trabalho “A pressão sem tensão é a nova forma de gestão. A vida é jornada. Não aceite críticas construtivas de quem nunca construiu nada.
Não olhe para lado, mire o seu foco
O nadador paralímpico brasileiro e recordista mundial, Daniel Dias, apresentou seu exemplo de vida como sucesso e quebra de paradigmas.
Quando criança, sofreu bullying e sempre mirou os esportes. Precisou parar de se comparar aos outros para descobrir suas próprias qualidades.
Nas Paralimpíadas da China, citou seu maior exemplo. Na primeira disputa, havia quebrado o recorde mundial. Mas um atleta chinês o superou na sequência. “Eu fiquei desmotivado, pois havia dado o meu melhor. Mas meu treinador me disse que a medalha de ouro era minha. Me fez acreditar de novo.”
Então, o atleta mirou o objetivo e não perdeu o foco. Venceu por um centésimo de segundo. Ao observar as cenas no vídeo, percebeu que estava empatado com o chinês até a última raia. Mas o adversário olhou para o lado. Este foi o seu erro. “É uma lição de vida. Muitas vezes olhamos para o lado e perdemos nosso foco”, conclui.
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