No primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos, temas de impacto global foram abordados simultaneamente, por líderes de diversos países. O tema em comum foi a crise humanitária. Refletiu as consequências econômicas mundiais geradas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.
A princípio, o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, David Beasley, emitiu um alerta para falta de alimentos no mundo. Ele vem falando sobre uma crise alimentar global há mais de um ano. “Quando você pensava que as coisas não poderiam piorar, ‘o celeiro do mundo [Ucrânia] agora tem as filas de pão mais longas do mundo’.”
De antemão, afirmou que “estamos pegando comida dos famintos para dar aos famintos”, alertando que problemas de disponibilidade de alimentos podem afetar a todos. No entanto, o Iêmen, região de conflito há sete anos, mais de 23 milhões de pessoas enfrentam fome, doenças e outras ameaças.
O preço dos alimentos disparou. Por isso, o número da fome é 13% maior em relação a 2021. Contudo, o Fórum Econômico Mundial contou com a participação por videoconferência do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Primeiramente ele, não só agradeceu à comunidade global pelo apoio após a invasão russa, mas pediu mais ajuda.
Bem como, discutiu a criação de um fundo para reconstruir a Ucrânia chamado United 24. Como parte disso, ele disse que “propomos estabelecer uma estrutura global que possa, em 24 horas, fornecer apoio suficiente a qualquer país”. Em sua conclusão, ele foi aplaudido de pé pelos participantes de Davos.
Recuperação deve ser com investimentos
Em primeiro lugar, não há recuperação econômica real sem recuperação do comércio e do investimento. Os painelistas do Global Economic Outlook analisaram a necessidade de combater a inflação e o aumento das taxas.
Pouco depois, um discurso especial de H.H. Sheikh Tamim Bin Hamad Al Thani, do Qatar chamou a atenção para os conflitos ‘esquecidos ou ignorados’ do mundo. Mas, ele fez uma nota positiva em relação à Copa do Mundo de Futebol da FIFA, que será realizada no Catar no final deste ano.
Resumo do primeiro dia no Fórum Econômico em Davos
A resposta à crise humanitária que se desenrola na Europa e as penalidades financeiras e econômicas sem precedentes contra a Rússia marcaram um momento decisivo para os negócios.
Todavia, o setor privado está profundamente enredado no contexto geopolítico, trabalhando ativamente para resolver as consequências econômicas, atender às necessidades humanitárias e resolver a pressão crescente sobre a energia global e a segurança alimentar. A responsabilidade corporativa está mudando.
Padrões e métricas ambientais, sociais e de governança (ESG) são mais necessários do que nunca, à medida que as empresas estão à altura dos desafios globais – incluindo o cumprimento dos compromissos net-zero que são mais urgentes.
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