Microvespa é alternativa para controle de pragas em propriedades rurais de Estrela

Controle biológico de lagartas pragas nas lavouras de milho, soja, pastagens e outras culturas tem sido fomentado através da utilização de uma microvespa. Utilização do método tem aumentado a partir da satisfação dos produtores
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Microvespa se utiliza dos ovos da lagarta e elimina a praga

Estrela – Com uso de cartelas de papelão, contendo ovos de microvespa, a lagarta, maior praga do campo, é controlada sem o uso de pesticidas. Esta é a prática incentivada pela Secretaria Municipal de Agricultura (SMA) em parceria com a Emater/Ascar. A prática dos produtores rurais existe há mais de quatro anos, mas nos últimos meses tem ampliado a disseminação.

O uso destas vespas no controle das lagartas, especialmente nas lavouras de milho e soja, evita o uso de inseticidas e técnicas de transgênicos. De acordo com o agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Álvaro Figueira Trierweiler, a microvespa é do gênero Trichogramma. “Essas cartelas são liberadas manualmente a cada área de 20x20m na lavoura, facilitando a disseminação.”

Segundo o agrônomo, as vespinhas procuram os ovos das borboletas e mariposas para depositar os seus ovos, tornando o nascimento das pragas infecundo. “Ao invés de nascerem lagartas, nascerão mais vespinhas, em um processo crescente e bastante eficiente”, ressalta.

Conforme Trierweiler, a utilização desta tática tem crescido cerca de 20% ao ano, mas num contexto geral ainda corresponde a apenas entre 2% e 3% da área total. “A Emater foi a pioneira a trazer para a região este produto, apresentá-lo e levá-lo a campo.

A utilização ainda é considerada baixa, mas vem em franco crescimento. O fomento se dá pelo menor custo e por excelentes resultados, como mostram as pesquisas e os relatos dos agricultores que a utilizam.

De acordo com o agrônomo, a Emater e a SMA, intermediam o acesso às empresas que comercializam as lagartas e dão auxílio para o início da utilização, orientações e acompanhamento dos resultados. Atualmente, o custo médio do método vespas fica em torno de R$ 35,00 por hectare. “Depois o processo de compra dos materiais, como também seu emprego, se tornam naturais e realizados já diretamente pelos produtores e as próprias empresas privadas.”

 

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A família Berwanger tem sua área na localidade da Linha São José. Segundo relatos de Tiago Berwanger, as vespas vieram em maior quantidade na última safra. “Esses períodos de seca desregularam um pouco mais as coisas e as pragas então tiram proveito. Aí precisamos buscar agir”, diz ele. “Já havia escutado falar do método, mas uma propaganda em um rádio me alertou outra vez. Desta vez procurei a Emater, onde tive a base para tudo, e resolvi aplicar pela primeira vez essa tática”, diz Berwanger, sobre a utilização do método em três hectares de milho e 30 hectares de soja – a maior, que se tem notícia, já utilizada pelo método no município. “O custo foi menor do que outras alternativas, mais fácil aplicação, menores riscos. Acredito na satisfação”, destaca.

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Emater incentiva controle natural de pragas